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Protestos no Quénia: número de fatalidades atinge 38

Nova atualização da Comissão Nacional dos Direitos Humanos do Quénia revela que os protestos recentes resultaram em 38 mortes, destacando um aumento alarmante na violência.

11/07/2025 19:40
Protestos no Quénia: número de fatalidades atinge 38

Os protestos no Quénia, que começaram há mais de um ano contra o governo do Presidente William Ruto, viram o número de mortos aumentar para 38, de acordo com a Comissão Nacional dos Direitos Humanos do Quénia (KNCHR). Este novo balanço foi divulgado hoje, após um relatório anterior que contabilizava 31 mortes.

Este trágico marco representa o maior número de fatalidades desde o início das manifestações, que foram desencadeadas por um projeto de lei orçamental controverso em junho de 2024 e que particularmente mobilizou os jovens.

Na segunda-feira, dia do "Saba Saba", a polícia implementou medidas de segurança rigorosas em Nairobi, cortando as principais vias de acesso e resultando em ruas desertas. No entanto, confrontos entre manifestantes e forças policiais eclodiram nas imediações da capital.

A KNHRC indicou que, além dos mortos, mais de 130 pessoas ficaram feridas, com Kiambu contabilizando oito fatalidades, seguido de Nairobi e Kaijado, ambas com seis mortes. A ONU manifestou preocupação com estes eventos, considerando-os actos de "assassinato".

Na quarta-feira, o Presidente Ruto ameaçou aqueles que tentarem "derrubar" o seu governo, advertindo que a polícia agirá sem hesitação contra "saqueadores", uma declaração que provocou reações veementes da oposição.

Desde o início das mobilizações, a repressão policial tem sido intensa, conforme as organizações de direitos humanos apontam a responsabilidade das forças de segurança pela violência e pelo desaparecimento de manifestantes. Em 25 de junho de 2024, a KNCHR já registara 19 mortes durante os protestos.

Em meio a esta crise, o governo alega ter "frustrado um golpe de Estado", enquanto os manifestantes acusam a administração de utilizar homens armados para deslegitimar as suas reclamações. A imagem do Quénia, antes visto como um bastião da estabilidade e democracia na região, está a ser severamente impactada por esta escalada de violência.

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