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Protestos massivos em Jiangyou pedem justiça por adolescente agredida

Manifestantes exigem medidas severas contra jovens agressores após o caso de uma menina de 14 anos maltratada, que gerou repercussão nas redes sociais.

06/08/2025 08:45
Protestos massivos em Jiangyou pedem justiça por adolescente agredida

Centenas de cidadãos reuniram-se na cidade de Jiangyou, na China, para exigir justiça após um incidente de agressão que envolveu uma adolescente de 14 anos, conhecida pelo apelido de Lai. O caso, que foi gravado e amplamente partilhado online, causou uma onda de indignação nas redes sociais.

Durante os protestos, os manifestantes exibiram cartazes com a imagem da vítima e entoaram cânticos pedindo uma "investigação justa". Registos em vídeo publicados na rede social X, que escapa à habitual censura dos meios de comunicação chineses, documentaram confrontos entre os cidadãos e as forças policiais, bem como algumas detenções.

A indignação aumentou depois que as autoridades anunciaram que as jovens agressoras enfrentariam apenas "medidas administrativas" e seriam enviadas a um centro educativo, uma decisão que muitos consideraram insatisfatória, especialmente por ter sido anunciada doze dias após a queixa inicial.

Adicionalmente, uma fotografia que se tornou viral mostrava os familiares de Lai ajoelhados perante um funcionário governamental, solicitando justiça, o que adicionou pressão social à situação.

O vídeo da agressão, que ocorreu nas proximidades de uma escola, retrata Lai a ser esbofeteada por pelo menos duas colegas, identificadas como Liu e Peng. Uma delas ainda se vangloriou de ter sido detida várias vezes sem consequências significativas.

No mesmo dia em que a agressão ocorreu, a 22 de julho, Lai e o seu pai dirigiram-se à polícia para reportar o incidente, sendo que, após um exame médico inicial, a menor regressou para prestar declarações.

Conforme relatado pelo jornal local The Paper, entre 24 de julho e 3 de agosto, as autoridades entrevistaram todas as testemunhas e solicitaram uma análise forense, seguindo as diretrizes policiais que recomendam a avaliação das vítimas entre uma a duas semanas após o ocorrido.

A 3 de agosto, os especialistas excluíram fraturas ocultas e classificaram os ferimentos como leves. No dia seguinte, o caso foi encerrado com a aplicação de sanções administrativas.

O mesmo jornal informou que as agressoras e os seus progenitores apresentaram desculpas formais, enquanto a família de Lai expressou gratidão pelo apoio recebido, solicitando que o vídeo da agressão fosse retirado de circulação para evitar mais danos à jovem e para permitir o retorno à normalidade.

Este episódio insere-se numa série de casos de violência nas escolas chinesas, o que levou o Ministério da Educação a reforçar iniciativas de mediação e a implementar campanhas de sensibilização contra o bullying.

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