Proposta para Classificação do Espólio de D. Dinis como Património Nacional

Foi anunciada a proposta de classificação dos túmulos do rei D. Dinis e de um dos seus netos, situados no Mosteiro de Odivelas, Lisboa, pela empresa Museus e Monumentos de Portugal (MMP). O parecer, publicado no Diário da República e assinado pelo presidente da MMP, Alexandre Pais, fundamenta-se na avaliação da Secção dos Museus e Património Cultural.

Cidadãos e entidades interessadas têm 30 dias para apresentar as suas opiniões sobre esta proposta. O processo, que iniciou em agosto de 2023, visa reconhecer a importância cultural e histórica do espólio, considerando-o de valor significativo para a Nação.

O túmulo de D. Dinis foi aberto em 2020, revelando objetos notáveis, entre os quais uma espada, uma fivela de prata e diversos têxteis. Em junho de 2023, o túmulo foi finalmente fechado e a arqueóloga Maria Antónia Amaral destacou a intenção de classificar como tesouros nacionais tanto o manto quanto a espada encontrados.

A análise dos restos mortais do rei foi realizada por uma equipa de Antropologia, enquanto o espólio restante associado a D. Dinis e ao infante continua a ser objeto de estudo. São esperadas análises e relatórios científicos que reforcem a relevância deste património.

Num documento datado de julho de 2023, o elevado interesse patrimonial do espólio é sublinhado, destacando a sua autenticidade e originalidade, além de ser classificado como uma coleção sem precedentes no contexto histórico-artístico.

Adicionalmente, foram divulgadas propostas de classificação de outras obras significativas, como um quadro da Escola Flamenga, leiloado por 120 mil euros, e um tríptico flamengo que poderá ser classificado para prevenir a sua exportação definitiva.