Primeiro-ministro vê oportunidades fora da Europa no processo de reprivatização da TAP

No encerramento das jornadas parlamentares organizadas pelo PSD e CDS-PP em Évora, o primeiro-ministro Luís Montenegro reiterou que a TAP possui "um elevado potencial". Montenegro expressou a sua expectativa de que, durante o processo de reprivatização iniciado pelo Governo, possam surgir mais interessados além das três entidades já mencionadas pela comunicação social. “Acredito que novos grupos de aviação, possivelmente oriundos de outras geografias, também poderão manifestar interesse. Contudo, a concretização das propostas é algo que só o tempo dirá”, comentou.

A TAP, que era estatal, passou a ser parcialmente privatizada em 2015, mas essa decisão foi revertida em 2016 pelo governo de António Costa, que passou a controlar 50% da companhia. No último ano, o executivo de Luís Montenegro decidiu avançar com a venda de uma participação minoritária, tendo dado início a este processo a 11 de julho. Desde então, já se estabeleceu contacto com grandes grupos europeus, incluindo Air France-KLM, Lufthansa e IAG.

Montenegro sublinhou que, sem esta opção de reprivatização, a viabilidade da TAP ficará comprometida, embora tenha garantido que o Governo não se comprometerá a vender a empresa “a qualquer preço”, caso não surjam “propostas condignas”, um cenário que considera improvável.

O primeiro-ministro frisou ainda que a abordagem do Governo é clara: “não se pode continuar a atirar dinheiro à TAP”. No entanto, ressaltou que esta afirmação não diminui o potencial da companhia: “Com uma integração em operações mais abrangentes, uma gestão mais eficaz e um modelo de negócio inovador, a TAP pode realmente alcançar um elevado potencial”, concluiu.