Durante uma reunião na Casa Branca, o novo Primeiro-Ministro do Canadá garantiu a Trump que o país nunca estará disponível para venda, reafirmando a soberania canadiana.
O recém-empossado Primeiro-Ministro do Canadá, Mark Carney, afirmou hoje que o seu país "nunca estará à venda", em resposta aos comentários do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugeriu que a união entre as duas nações poderia ser um "casamento maravilhoso".
Após a declaração de Carney, Trump contrapôs: "nunca se deve dizer nunca". Esta troca de palavras ocorreu durante um encontro na Casa Branca, onde Trump, que horas antes tinha lançado críticas via redes sociais ao Canadá, recebeu Carney de forma cordial na Sala Oval.
Durante a sua conversa, Trump parabenizou Carney pela recente vitória nas eleições canadenses, afirmando: "Só quero felicitá-lo". Entretanto, nas redes sociais, o Presidente norte-americano havia expressado a sua indignação sobre os subsídios que os EUA supostamente fornecem ao Canadá, questionando por que razão o seu país estaria a "subsidiar" o vizinho a altura de 200 mil milhões de dólares por ano, além de oferecer proteção militar gratuita.
"Não precisamos dos carros deles, não precisamos da energia deles, não precisamos da madeira deles, não precisamos de nada que eles tenham, além da amizade deles, que esperamos manter sempre", acrescentou Trump em sua mensagem.
De volta à Sala Oval, Trump reiterou a necessidade de renegociar acordos comerciais que considera "muito danosos" e afirmou que os Estados Unidos estão prontos para fazer mudanças nos importações de alumínio e carros do Canadá, propondo discussões amistosas sobre os temas.
O líder norte-americano também anunciou o início de conversações para reavaliar o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (USMCA), alegando que o acordo atual precisa ser respeitado e que algumas cláusulas terão que ser modificadas.
O Primeiro-Ministro Carney reconheceu que várias partes dos acordos comerciais necessitam de revisão, mostrando-se igualmente disposto a dialogar com Washington sobre novas condições comerciais. Carney destacou que o assunto das tarifas sobre a importação de automóveis é complicado e deverá ser abordado em um contexto de relações comerciais mais amplo.