PP exige demissão de Sánchez após prisão de ex-dirigente socialista
Após a prisão de Santos Cerdán, ex-líder do PSOE, Alberto Núñez Feijóo clama por eleições antecipadas e responsabiliza Pedro Sánchez pela situação.

O líder do Partido Popular (PP) espanhol, Alberto Núñez Feijóo, solicitou hoje a renúncia do primeiro-ministro Pedro Sánchez e a realização de eleições antecipadas, devido à decisão da justiça em colocar Santos Cerdán, ex-dirigente socialista, em prisão preventiva sob acusações de suborno.
Feijóo recordou que Cerdán, que era o número dois do PSOE, tinha sido confirmado por Sánchez há seis meses durante um congresso do partido em Sevilha. Agora, esse mesmo ex-secretário é acusado de integrar uma organização criminosa e de suborno, tendo decidido o Supremo Tribunal enviar Cerdán para prisão preventiva sem direito a fiança.
O juiz Leopoldo Puente, responsável pela decisão, considerou que a gravidade das acusações, que incluem tráfico de influências, justifica a privação de liberdade do ex-dirigente. Cerdán, ao depor, negou as acusações e alegou estar a ser alvo de uma perseguição política.
O porta-voz do PP no Congresso, Miguel Tellado, sublinhou que a situação atual é uma prova de que toda a narrativa do governo socialista, que apelava a uma injusta perseguição, era uma farsa para manter o poder.
A secretária-geral do PP, Cuca Gamarra, classificou a decisão do Supremo como um "salto qualitativo" e pediu que os parceiros do PSOE se pronunciem sobre o impacto que a prisão de Cerdán tem na administração de Sánchez.
Gamarra afirmou que esta decisão afeta diretamente o "coração do sanchismo", dada a proximidade de Cerdán com o primeiro-ministro. "Se um cai judicialmente, o outro deve cair politicamente", enfatizou, sugerindo que a saída de Cerdán deve levar à renúncia de Sánchez.