Parque Nacional de Maputo: um marco na preservação da biodiversidade
A inscrição do Parque Nacional de Maputo como Património Mundial pela UNESCO é um triunfo coletivo e uma oportunidade para impulsionar o ecoturismo e a conservação ambiental em Moçambique.

O Presidente de Moçambique destacou a recente inclusão do Parque Nacional de Maputo na lista do Património Mundial da UNESCO como uma "vitória coletiva" e um reconhecimento do "trabalho árduo" realizado por todos os intervenientes na preservação deste ecossistema valioso. "Celebramos esta conquista com orgulho, simbolizando a esperança ambiental e a motivação para o ecoturismo", declarou, enfatizando a necessidade de contínuos esforços coletivos para proteger este "tesouro natural".
A UNESCO reconheceu que o parque abriga quase 5.000 espécies e inclui ecossistemas diversos, que vão desde áreas terrestres a zonas costeiras e marinhas. O Parque Nacional de Maputo complementa a proteção da biodiversidade na região, contribuindo para a conservação em conjunto com o Parque iSimangaliso, na África do Sul, que já era Património Mundial.
A história da proteção ambiental na região remonta a 1932, quando uma pequena área de caça foi estabelecida. A sua formalização como Reserva Especial de Maputo ocorreu em 1969, reflexo da sua importância ecológica. Desde então, diversas iniciativas têm sido desenvolvidas para a recuperação do parque, especialmente após as consequências da guerra civil.
Desde 2010, o parque tem registado um crescimento significativo, graças a programas de reintrodução de espécies, incluindo elefantes e girafas que habitam as áreas adjacentes à estrada Nacional 1. No total, o Parque Nacional de Maputo ocupa uma vasta extensão de 1.718 quilómetros quadrados, que integra tanto zonas terrestres como marinhas.
Oficialmente criado em 2021, o parque resulta da fusão de duas áreas protegidas: a Reserva Especial de Maputo e a Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro. O administrador do parque antevê que a nova classificação aumentará a sua visibilidade e permitirá o desenvolvimento de um plano de gestão em colaboração com a África do Sul, focando na movimentação e conservação das espécies.