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Parlamento Europeu clama por libertação urgente de líder da oposição tanzaniana

há 4 horas

Os eurodeputados exigem que Tundu Lissu, detido na Tanzânia por traição, seja libertado imediatamente, destacando a repressão crescente no país e a defesa dos direitos humanos.

Parlamento Europeu clama por libertação urgente de líder da oposição tanzaniana

O Parlamento Europeu expressou, na sessão plenária realizada em Estrasburgo, uma forte exigência pela "libertação imediata" de Tundu Lissu, o líder da oposição tanzaniana, atualmente preso sob acusações de traição, um delito que pode levar à pena de morte na Tanzânia.

Tundu Lissu, advogado de 57 anos, retornou à sua terra natal em 2023 após um exílio de cinco anos na Bélgica e foi detido a 9 de abril, após uma reunião do partido Chadema, que lidera desde janeiro. A sua defesa informou, no último fim de semana, que o político planeia iniciar uma greve de fome em protesto contra a sua detenção injusta.

Na resolução aprovada de forma unânime, os eurodeputados condenaram a detenção de Lissu e reiteraram a posição da União Europeia contra a pena capital. O texto não vinculativo expressou “profunda preocupação” com o que consideram acusações motivadas politicamente e pediu o retorno do partido Chadema ao processo eleitoral com vista às eleições de outubro de 2025.

Além disso, o Parlamento denunciou a crescente repressão na Tanzânia, citando detenções arbitrárias, assédio a opositores, defensores dos direitos humanos, ativistas LGBTQI+, jornalistas e organizações da sociedade civil.

Lissu, que sobreviveu a uma tentativa de homicídio em setembro de 2017, é um crítico acérrimo do partido no poder, o Chama Cha Mapinduzi (Partido da Revolução - CCM), que domina a política desde a independência em 1961. Após uma vitória contestada do CCM nas eleições autárquicas de novembro, Lissu tinha apelado à renovação política.

Recentemente, uma manifestação em apoio a Tundu Lissu em frente ao tribunal de Dar es Salaam, que deveria receber o político, foi brutalmente reprimida, resultando na detenção de 13 membros do Chadema.

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#LiberdadeParaLissu #DireitosHumanosTanzânia #JustiçaETransparência