Ex-ministro da Saúde enaltece o Papa Francisco, destacando a sua capacidade de unir fé e justiça social, mesmo diante das críticas ferozes e da hipocrisia de alguns setores políticos.
O ex-ministro da Saúde, Adalberto Matos Fernandes, afirmou que o Papa Francisco marcou uma época ao conciliar a fé com o compromisso social. Durante a sua intervenção na CNN Portugal, defendeu que o pontífice foi capaz de unir a Igreja aos seus fiéis e de despertar o interesse dos mais jovens, apesar de ser alvo de críticas intensas por parte de alguns setores conservadores.
A reconciliação entre fé e justiça
Para Matos Fernandes, o Papa destacou-se, sobretudo, por ultrapassar barreiras: "um homem simples que conseguiu alargar a mensagem de justiça para os mais desfavorecidos, impulsionando também a discussão sobre temas ambientais e sociais." Mesmo sendo rotulado negativamente—inclusive acusado de ter uma postura demasiado progressista—Francisco conquistou o respeito de seguidores e não seguidores.
Contra a hipocrisia política
O ex-ministro criticou a postura de certos grupos políticos que, depois de terem desmerecido o seu ministério com palavras pesadas, recorrem agora a um lamento quase piedoso face ao seu falecimento. Segundo ele, a política deveria limitar-se à sua esfera, permitindo que a mensagem autêntica do Papa chegue ao povo sem intermediários que a deturpem.