Países rejeitam acolher palestinianos deslocados de Gaza, afirma Egito
O Egito denunciou a recusa de várias nações em acolher palestinianos da Faixa de Gaza, criticando os esforços israelitas para forçar a sua deslocação.

O Egito revelou hoje que, após contactos feitos, todos os países abordados para acolher palestinianos da Faixa de Gaza rejeitaram categoricamente "planos inaceitáveis" que visam a expulsão desta população, que está sob a pressão de uma ofensiva israelita que dura há 22 meses.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio, num comunicado oficial, afirmou que, apesar de informações recentes que indicavam um possível acolhimento por parte de certas nações, nenhuma delas manifestou apoio a tais esquemas.
Segundo fontes israelitas citadas pela imprensa norte-americana na semana passada, Israel terá procurado a colaboração do Sudão do Sul, Somalilândia, Etiópia, Líbia e Indonésia para aceitar um elevado número de palestinianos, oferecendo contrapartidas financeiras em troca.
Entretanto, alguns dos países mencionados, como o Sudão do Sul, desmentiram essas alegações e condenaram publicamente as tentativas israelitas de causar deslocação forçada.
No comunicado, o Egito reafirma a sua "rejeição inabalável" a qualquer forma de deslocação forçada de palestinianos, apelando aos Estados para que não participem em "este crime abominável". O Cairo manifestou a sua profunda preocupação relativamente aos relatos de negociações entre Israel e diversos países para a deslocação de palestinianos.
A nota prosseguiu, afirmando que "esta é apenas uma parte da política israelita completamente inaceitável que busca esvaziar a Palestina de seus habitantes, ocupá-la e aniquilar a causa palestina".
O Egito declarou ainda que não aceitará nem participará de tal deslocação forçada, considerando-a uma injustiça total, sem qualquer fundamentação moral ou legal. O que o Egito propõe é que os "países amantes da paz" se abstenham de apoiar tais ações imorais."