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Milhares de Israelitas nas Ruas por um Acordo que Libere Reféns

Em Telavive, cerca de 400 mil manifestantes clamaram por um cessar-fogo com o Hamas para garantir a libertação dos reféns restantes em Gaza.

há 8 horas
Milhares de Israelitas nas Ruas por um Acordo que Libere Reféns

A Praça dos Reféns em Telavive foi palco hoje à noite de uma massiva manifestação, organizada pelo Fórum de Famílias de Reféns, onde se estima que cerca de 400 mil pessoas se juntaram. A mobilização reuniu cidadãos de todos os cantos do país, muitos dos quais chegaram por comboio, numa demonstração de solidariedade às famílias que aguardam o regresso dos 50 reféns ainda em cativeiro.

Este evento ocorreu no final de um dia de greves e protestos em âmbito nacional, que afetaram diversos setores como o comércio e transporte. Os cidadãos expressaram o seu descontentamento com a estratégia do governo israelita, que optou por intensificar a sua ofensiva militar na Faixa de Gaza em vez de negociar um acordo que facilite a devolução dos reféns.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, reagiu à greve geral convocada pelas famílias dos reféns, criticando-a por potencialmente fortalecer o Hamas e atrasar a libertação dos detidos. Durante a sua reunião semanal de gabinete, Netanyahu alertou: "Aqueles que exigem o fim da guerra sem a derrota do Hamas não só reforçam a sua posição, como garantem a repetição dos horrores de 7 de outubro, forçando-nos a lutar uma guerra interminável."

Desde o início da operação militar israelo, desencadeada em resposta ao ataque do Hamas em 2023, o conflito resultou em mais de 61 mil mortes e na devastação quase total das infraestruturas na Gaza. Centenas de milhares de pessoas foram deslocadas, enquanto várias nações e organizações acusam Israel de genocídio.

Além disso, as Nações Unidas têm advertido para uma situação de fome generalizada no enclave, que permanece sob bloqueio humanitário por parte de Israel. Embora a entrada de ajuda tenha sido recentemente retomada, a União Europeia e outras entidades humanitárias insistem que a quantidade de assistência é claramente insuficiente para atender às necessidades de mais de dois milhões de habitantes.

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