Organizações israelitas organizam greve para exigir justiça por reféns em Gaza

Uma greve informal está programada para este domingo em Israel, convocada por familiares dos reféns e das vítimas da guerra em Gaza. Este protesto surge como uma forma de contestar a estratégia do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que muitos acreditam que poderá selar a sorte dos reféns ainda nas mãos das milícias palestinas.

A decisão de Netanyahu de intensificar a ocupação na Cidade de Gaza e nos campos do centro do enclave gerou críticas ferozes por parte das famílias dos reféns, que veem essa ação como uma potencial sentença de morte para os cerca de 20 que permanecem vivos.

Instituições académicas de prestígio, como a Universidade Hebraica de Jerusalém, o Technion e a Universidade Aberta, declararam já o seu apoio ao movimento. A greve também conta com a adesão de cerca de 75 autoridades locais, que assinaram uma carta em apoio a esta iniciativa.

"Apoiaremos qualquer ação legal que recorde aos decisores políticos que a repatriação dos reféns deve ser uma prioridade nacional", afirmaram os organizadores em uma declaração divulgada pelo Times of Israel.

A Federação de Autoridades Locais deixou aos municípios a opção de se juntarem à greve, enquanto o principal sindicato de Israel, o Histadrut, pediu que os empregadores não penalizem os trabalhadores que optarem por participar da manifestação.