O Amanhã da Mobilidade: A Visão do Cofundador da Waze
As inovações em inteligência artificial estão a transformar o panorama automóvel. Uri Levine prevê um futuro sem condutores, desafiando a forma como vemos a condução.

A condução autónoma apresenta-se não como uma perspectiva futura, mas como uma realidade actual. Uri Levine, cofundador da Waze, partilha a sua perspectiva sobre as novas gerações, afirmando que a 'Geração Beta' pode nunca conhecer a experiência de conduzir um carro.
Em entrevista à Business Insider, Levine declarou: “Eles não irão conduzir. Se contar que, no passado, era normal conduzir, a maior parte deles não irá acreditar.”
A Waymo, pioneira nesta área, está a oferecer serviços de robotáxi nos Estados Unidos desde 2020, operando em várias cidades com uma frota de veículos totalmente autónomos. A Tesla também se juntou à corrida, iniciando testes em Austin em Junho e com planos de gradual expansão.
Segundo Levine, dentro de dez anos, uma parte significativa dos serviços de mobilidade e transporte será autónoma, abrangendo não apenas o transporte de pessoas, mas também a logística e serviços sob demanda.
Ele defende que, num futuro próximo, a presença de condutores nas áreas urbanas será algo raro, comparando com os tempos em que havia operadores de elevador: “Há 50 anos, era comum ter um operador para o elevador, mas hoje isso já não é necessário.”
Embora as tecnologias de condução autónoma ainda estejam em estágios iniciais e longe de uma implementação total e generalizada, estão cada vez mais refinadas, ocupando um espaço crescente no mercado.
Atualmente, existem seis níveis de condução autónoma, sendo que os níveis iniciais incluem funcionalidades populares como avisos sobre saída de faixa, estacionamento automático e travagem de emergência.
Nos níveis mais avançados, algumas características já estão disponíveis em certos modelos, como a manutenção automática na faixa de rodagem e a comunicação entre os veículos e sistemas externos.
A condução totalmente autónoma, no entanto, ainda não é uma realidade. Presentemente, não existem veículos capazes de operar de forma independente em todas as circunstâncias.
O que se conseguiu até agora, classificado como Nível 4, é exemplificado pela Waymo, que em breve irá introduzir modelos sem volantes ou pedais. Os seus táxis autónomos já funcionam em várias condições e cenários, mas restritos a áreas previamente definidas.