Novo exame de sangue promete detetar rejeição de fígado precocemente

O transplante de fígado é um procedimento crucial que pode mudar vidas, mas existem riscos associados, nomeadamente a rejeição do órgão. Tradicionalmente, essa rejeição só é diagnosticada em estágios avançados, o que pode complicar o tratamento. No entanto, um estudo desenvolvido pelas universidades de Georgetown e MedStar Health revelou uma abordagem inovadora que utiliza um exame de sangue para detectar sinais precoces de rejeição do fígado.

Segundo informações do News Medical, esta nova tecnologia apresenta-se como uma alternativa eficaz para monitorizar a saúde do paciente após o transplante, reduzindo a necessidade de fazer exames mais dolorosos e invasivos. O investigador Anton Wellstein, um dos co-autores do estudo, afirma: “A compreender melhor as razões por detrás da falência de transplantes é crucial. Com esta técnica, conseguimos uma visão abrangente da condição geral do paciente apenas com uma amostra de sangue.”

A tecnologia desenvolvida analisa os detritos de células mortas que se encontram na circulação sanguínea, permitindo identificar os tipos de células presentes, que podem indicar danos tanto no órgão transplantado quanto em outros tecidos adjacentes. Com sete anos de investigação, os resultados até agora têm sido bastante promissores. Os cientistas agora buscam explorar se esta metodologia pode ser aplicada a outros tipos de transplantes.