Novas Greves nos Aeroportos até 2026: Alertas para Passageiros

A situação que parecia estar resolvida na Menzies (anteriormente conhecida como Groundforce) volta a ser alvo de descontentamento. O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) anunciou um novo pré-aviso de greve que se estende de 3 de setembro de 2023 a 2 de janeiro de 2026, afetando todos os aeroportos em Portugal.

Conforme o comunicado divulgado pelo sindicato, as paralisações ocorrerão em períodos alternados, incluindo fins de semana prolongados e datas críticas, como Natal e Ano Novo.

Calendário das Paralisações

A greve terá início à 00:00 do dia 3 de setembro e terminará às 24:00 do dia 9 de setembro. Seguir-se-ão novas greves de 12 a 15 de setembro, 19 a 22 de setembro e 26 a 28 de setembro.

Em outubro, as paralisações estão agendadas para 3 a 6, 10 a 13, 17 a 20, 24 a 27 e 31 de outubro a 3 de novembro. As greves continuarão em novembro, com períodos de paragem de 7 a 10, 14 a 17, 21 a 24 e 28 a 1 de dezembro, além de 5 a 8 e 12 a 15 de dezembro. A paralisação final está prevista para de 19 de dezembro a 2 de janeiro de 2026.

Dados recentes indicam que em agosto de 2024, 37% dos passageiros que partiram de Portugal enfrentaram problemas nos voos. Esta situação realça a necessidade de atenção por parte dos consumidores, que devem conhecer os seus direitos.

Reivindicações dos Trabalhadores

Os principais pontos reivindicados pelo sindicato incluem:

• Eliminação de salários abaixo do salário mínimo nacional.
• Compensação adequada por horas noturnas.
• Manutenção de benefícios, como o acesso a estacionamentos.
• Cumprimento do memorando de entendimento anteriormente assinado.

O SIMA também destaca que a prática de salários abaixo do mínimo legal, fixado em 870 euros, é contrária às diretrizes da TAP, que também é acionista da Menzies. O sindicato considera esta realidade ilegal, abordada em correspondência enviada às autoridades competentes.

Este novo aviso de greve surge na sequência de paralisações realizadas nos meses de julho e agosto, que foram suspensas após diálogos com o Ministério do Trabalho. A Menzies, por sua vez, sublinha que a anulação das greves anteriores não resultou de acordos ou negociações, mantendo a sua posição inalterada e as obrigações firmadas até 2029.

Nos serviços mínimos estabelecidos para a atual greve, o sindicato informa que os trabalhadores garantirão a segurança e manutenção de equipamentos e instalações, ressaltando que, a partir do aviso prévio, apenas cerca de 4% dos aproximadamente 3.600 trabalhadores da Menzies estarão envolvidos nas paralisações.