O primeiro-ministro de Israel cancelou a sua visita ao Azerbaijão, programada para a próxima semana, devido à deterioração da situação em Gaza e Síria, enquanto rumores sobre uma intensificação da ofensiva circulam.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, decidiu cancelar a sua viagem ao Azerbaijão, que estava agendada para a próxima semana, citando a necessidade de lidar com a situação atual na Faixa de Gaza e na Síria. O gabinete de Netanyahu divulgou um comunicado onde explica que a decisão se deve também a uma agenda política e de segurança saturada.
Recentemente, fontes da imprensa hebraica revelaram que o Governo de Israel considera aumentar a ofensiva na Faixa de Gaza, onde mais de dois terços do território se tornaram inacessíveis para a população palestiniana de 2,1 milhões de habitantes, devido à expansão de uma zona tampão e ordens de evacuação forçada.
Em resposta a estas informações preocupantes, o Fórum das Famílias dos Reféns, que representa a maior parte dos 59 israelitas detidos pelo Hamas em Gaza, expressou uma forte preocupação, alertando que qualquer intensificação dos combates poderá colocar em risco a vida dos reféns, sejam eles vivos ou mortos. Além disso, as sondagens indicam que a maior parte dos israelitas é a favor de um término das hostilidades em troca da libertação dos reféns.
Desde o ataque do Hamas a Israel, a 7 de outubro de 2023, que resultou em 1.200 mortes e 251 reféns, a resposta militar israelita já causou mais de 52.400 mortos e devastou diversas infraestruturas em Gaza.
Em algumas zonas do sul da Síria, o exército israelita afirmou que as suas forças estão prontas para prevenir a entrada de milícias hostis na região das aldeias drusas e realizaram bombardeamentos em alvos militares. Esta onda de violência no sul da Síria teve início após a circulação de uma gravação ofensiva ao profeta Maomé, erroneamente atribuída a um líder druso, o que gerou confrontos que resultaram na morte de pelo menos 101 pessoas, segundo informações do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que ainda espera dados oficiais sobre o número de vítimas.
Desde a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro, Israel realizou múltiplos ataques aéreos contra alvos militares na Síria e enviou tropas para áreas desmilitarizadas nas Colinas de Golã. O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, pediu um fim imediato às violações da soberania síria por parte de Israel, manifestando a sua condenação aos recentes bombardeios.