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Moscovo mantém aberta a porta ao diálogo com Kyiv

O Kremlin reiterou a sua disposição para negociar com a Ucrânia, mas pede tempo para avaliar as recentes declarações de Donald Trump sobre o conflito e o apoio militar à Ucrânia.

há 7 horas
Moscovo mantém aberta a porta ao diálogo com Kyiv

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, declarou hoje que Moscovo continua pronto para dialogar com a Ucrânia, mas que necessita de tempo para processar as declarações feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “As afirmações do Presidente Trump são extremamente sérias. Algumas delas foram dirigidas diretamente ao Presidente Putin. Precisamos de tempo para considerar o que foi anunciado em Washington,” afirmou Peskov durante uma conferência de imprensa.

Trump apresentou à Rússia um ultimato de 50 dias para acabar com a ofensiva na Ucrânia, iniciada em 2022, sob pena de enfrentar sanções severas. Adicionalmente, o presidente norte-americano anunciou que equipamentos militares adquiridos por países europeus da NATO seriam enviados para Kyiv.

Peskov criticou essa abordagem, salientando que “essa decisão, vinda de Washington, da NATO e diretamente de Bruxelas, será interpretada por Kyiv não como um apelo à paz, mas como um incentivo para prolongar o conflito”.

Ele sublinhou que a Rússia espera "propostas da parte ucraniana" para uma terceira ronda de negociações, uma vez que as anteriores em Istambul não resultaram em progressos significativos.

Desde que assumiu funções na Casa Branca, em janeiro, Trump tem tentado mediar um acordo entre Moscovo e Kyiv. No entanto, nas últimas semanas, o seu tom em relação ao Kremlin tornou-se mais crítico, expressando descontentamento com a rejeição das propostas de cessar-fogo por parte de Putin. “Estou decepcionado com a falta de progresso. Esperava que um acordo estivesse concluído há dois meses,” disse Trump, ao lado do secretário-geral da NATO, Mark Rutte. Se não houver um acordo nos próximos 50 dias, os Estados Unidos poderão impor "direitos aduaneiros secundários" contra os aliados de Moscovo.

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