O líder do PSD rejeitou discutir conversas com a IL e criticou a atenção da mídia sobre a sua empresa. Ele apelou aos portugueses para uma decisão consciente nas eleições.
No decorrer da feira de Espinho, Luís Montenegro, presidente do PSD, evitou abordar possíveis conversas pré-eleitorais com a Iniciativa Liberal (IL), sublinhando que não deseja "desviar a atenção dos portugueses com mexericos políticos". O político manifestou também a sua desaprovação sobre o interesse da comunicação social em questões relacionadas com a sua empresa familiar, a Spinumviva.
Durante uma interação de 40 minutos com jornalistas, que tentaram aproximar-se do primeiro-ministro e líder da Aliança Democrática (Coligação PSD/CDS-PP), Montenegro respondeu a questionamentos sobre a sua decisão de manter a empresa familiar enquanto o país se prepara para novas eleições.
"Ainda não tem perguntas frescas para mim? A RTP está a insistir bastante nisso", comentou o dirigente do PSD, ao referir-se à natureza repetitiva das perguntas, e mais tarde, reconheceu que a SIC também o interrogava sobre o mesmo tópico.
"Querem repetir as mesmas perguntas que foram colocadas há meses? Estou perfeitamente tranquilo com isso. Ontem falei sobre este tema na SIC", rematou, referindo-se a uma aparição em um programa humorístico.
Montenegro enfatizou que, neste momento crucial de campanha, o que realmente importa é que os eleitores façam uma escolha consciente sobre o seu futuro e ofereçam condições de estabilidade a um governo que desejam ver continuar o seu trabalho por Portugal. Para ele, questões secundárias são apenas tentativas de distrair os cidadãos de uma reflexão calma e fundamentada.
Questionado sobre as declarações do líder da IL, Rui Rocha, que alegou ter sido convidado à coligação que Montenegro recusou, o presidente do PSD não forneceu uma resposta direta. "O que realmente importa é a coligação que proponho aos portugueses, para que continuem a acreditar neste governo", afirmou. "As conversas entre partidos são normais, mas não é meu estilo desviar a atenção com questões superficiais quando estamos a falar do futuro estratégico do nosso país".
Face à insistência da imprensa sobre a possibilidade de problemas na coligação PSD/CDS-PP, Montenegro descartou qualquer tipo de conflito com um simples "Nada disso".