"Modi responsabiliza Paquistão por hostilidade em vez de apoio contra o terrorismo"

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, fez uma declaração contundente esta manhã, acusando o Paquistão de ter “atacado” a Índia em lugar de oferecer auxílio na luta contra o terrorismo. A crítica surge após um intenso confronto militar entre os dois países, que culminou em um acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos.

Modi enfatizou em seu discurso televisionado que a Índia não irá "tolerar a chantagem nuclear", ressaltando que apenas suspendeu suas ações militares e que "retaliará nos seus próprios termos" caso ocorra um novo ataque terrorista.

Durante a sua intervenção, Modi sublinhou a vigilância constante sobre as atividades do Paquistão e prometeu uma "resposta firme" a qualquer futuro ataque. Esses comentários foram feitos dois dias após a formalização de um cessar-fogo, que encerrou o mais grave confronto militar entre os países em décadas.

A escalada de tensões veio na sequência da morte de 26 pessoas, principalmente hindus, em um ataque a turistas na Caxemira indiana, o que levou a Índia a acusar um grupo jihadista apoiado por Islamabad, que nega qualquer envolvimento.

No entanto, até à data, não se registaram incidentes significativos na "linha de controlo" que separa a Caxemira reivindicada por ambos os lados, um sinal de que o cessar-fogo pode estar a surtir efeito. A escalada anterior à trégua incluía ataques aéreos e de artilharia, que deixaram centenas de civis em perigo.

A crise atual refletiu-se em confrontos intensos, com o Paquistão a retaliar os ataques aéreos indianos, levando a um clima de tensão semelhante a conflitos anteriores entre as potências nucleares.