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Mobilização massiva de operacionais no combate a incêndios em Portugal

Mais de 2.800 operacionais estão a combater sete incêndios em Portugal continental, com destaque para Sátão e Arganil onde se concentram os maiores recursos.

há 5 horas
Mobilização massiva de operacionais no combate a incêndios em Portugal

Mais de 2.800 operacionais foram mobilizados às 04h15 para enfrentar os sete incêndios mais significativos em Portugal continental, conforme indicado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). No total, estavam em ação 2.856 operacionais e 947 veículos terrestres.

O incêndio em Sátão, distrito de Viseu, que teve início na madrugada de quarta-feira, era o mais crítico com 797 operacionais a combater as chamas. As labaredas alastraram-se para os concelhos vizinhos de Sernancelhe e Aguiar da Beira.

Em Arganil, o fogo deflagrou na freguesia do Piódão, provavelmente devido a uma descarga elétrica provocada por uma trovoada seca que atingiu a área. Neste local, eram 793 os operacionais no terreno, com o incêndio a afetar também Pampilhosa da Serra e os municípios de Oliveira do Hospital e Seia.

Outro incêndio significativo ocorreu em Trancoso, distrito da Guarda, onde 533 operacionais estavam empenhados em apagar as chamas, que se alastraram também para Fornos de Algodres, Aguiar da Beira, Celorico da Beira e Sernancelhe. Um segundo fogo em Trancoso, no local de A-do-Cavalo, mobilizava ainda 62 bombeiros.

Na serra da Lousã, o incêndio, que teve início na quarta-feira, contava com 302 operacionais, e provocou a evacuação preventiva de 53 pessoas de várias aldeias, devido ao avanço do fogo, que se distribuiu em duas frentes.

Além destes, também em Portalegre e Castelo de Vide, um incêndio com três frentes ativas mantinha 294 operacionais em ação, apoiados por 92 meios terrestres. Em Cinfães, eram 75 os operacionais a trabalhar no combate ao fogo.

A ANEPC identificou estes incêndios como "ocorrências significativas" devido à sua duração e ao número de meios envolvidos. Também há incêndios considerados dominados, como o de Tabuaço e o de Sirarelhos, que mobilizavam 205 e 191 operacionais, respetivamente.

A situação de alerta em Portugal foi instaurada a 2 de agosto por causa do elevado risco de incêndios, e o país já registou esta ano mais de 75 mil hectares de área ardida. Na quinta-feira, a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou a extensão da situação de alerta até domingo, sublinhando que as restrições e proibições permanecem em vigor devido ao prolongado período de calor intenso.

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