Metro do Porto garante medidas de redução de ruído durante obras da Linha Rubi
Após a dispensa de limites sonoros pelo Governo, a Metro do Porto reafirma o compromisso de mitigar o ruído das obras, implementando ações e comunicação com a população.

A Metro do Porto anunciou que, apesar do despacho emitido pelo Governo que a isenta de cumprir os limites de ruído na construção da Linha Rubi, irá manter o seu compromisso com a minimização dos impactos sonoros. Em comunicado, a empresa esclarece que adotará um conjunto de ações para reduzir o ruído proveniente das obras.
A Lusa tinha noticiado que a empreitada da Linha Rubi, conforme um despacho publicado no Diário da República, ficou isenta das normas do Regulamento Geral do Ruído, embora sejam previstas medidas para mitigar os impactos.
A transportadora sublinha que as medidas de mitigação foram definidas inicialmente na Declaração de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (DCAPE) e incluem a implementação de um programa de monitorização contínua do ruído.
Incluem-se também no plano a utilização de barreiras sonoras, painéis acústicos, lã de rocha e silenciadores, que visam limitar a disseminação do ruído nas frentes de trabalho. A empresa enfatiza a eficiência na gestão da circulação de veículos e máquinas, especialmente durante a noite, e a necessidade de manter uma comunicação clara e próxima com a população, informando-a sobre a evolução das obras e os prazos associados.
O despacho do Governo destaca a possibilidade de dispensar o cumprimento das normas de ruído para obras de infraestruturas de transporte com reconhecido interesse público, uma situação que se aplica à Linha Rubi. A empresa e o Governo comprometem-se a rever e adaptar as medidas de minimização sempre que necessário, garantindo a proteção dos cidadãos nas áreas afetadas.
Com um total de 6,4 quilómetros e oito estações, a nova linha inclui a construção da ponte D. Antónia Ferreira, que será exclusivamente destinada ao metro, pedestrianismo e ciclistas. As estações em Gaia incluem Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, enquanto no Porto as paragens serão Campo Alegre e Casa da Música.
A conclusão da obra está prevista para o final de 2026, embora a entrega da ponte possa ser adiada para 2027. O investimento total no projeto ascende a 487,9 milhões de euros, financiado através do Plano de Recuperação e Resiliência e do Orçamento do Estado.