Economia

Mercado em Transformação: EDP em alta enquanto Galp enfrenta desafios

há 4 horas

A Bolsa de Lisboa regista ligeiro avanço no PSI. Destacam-se a subida das ações da EDP e a queda de lucros da Galp, num cenário de resultados empresariais e volatilidade global.

Mercado em Transformação: EDP em alta enquanto Galp enfrenta desafios

Lisboa, 09h25 – O PSI manteve a leve tendência de alta na abertura, registando uma subida de 0,10% e atingindo 6.949,77 pontos, com nove ações a avançar e seis a recuar, num contexto onde os papéis da Galp se destacavam negativamente.

A Galp anunciou um lucro de 192 milhões de euros no 1.º trimestre, representando uma queda de 41% face ao período homólogo. Este recuo deveu-se a paragens programadas para manutenção nas unidades de produção no Brasil e à redução das margens de refinação. A petrolífera informou à CMVM que o seu resultado ajustado a custo de substituição (RCA), ou seja, o EBITDA, atingiu 669 milhões de euros – uma descida de 29% face ao mesmo período do ano anterior – refletindo os desafios tanto na exploração e produção no Brasil como na atividade industrial e 'midstream'.

Nas negociações, as ações da EDP subiram 0,74%, sendo seguidas pelos papéis da Jerónimo Martins, EDP Renováveis e Mota-Engil, que respetivamente avançaram 0,66%, 0,62% e 0,45% em termos de valores de mercado. Outras companhias, como a Ibersol, BCP e Sonae, registaram um aumento mais comedido, tal como as ações da REN e da Corticeira Amorim.

Em contrapartida, além das ações da própria Galp, os papéis da Altri, CTT, Navigator, NOS e Semapa apresentaram ligeiras descidas, com declínios que variaram entre 0,15% e 1,39%.

Nas principais capitais europeias, os mercados abriram em alta, ainda que numa semana mais curta devido ao Dia do Trabalhador. Ficou também previsto o fecho dos mercados na quinta-feira, enquanto as primeiras estimativas do PIB do 1.º trimestre para a zona euro e os EUA geraram expectativas entre os investidores.

O cenário global permanece influenciado por fatores como as tarifas impostas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, e pela contínua guerra comercial entre os EUA e a China, que afetam a confiança dos mercados. Para além disso, uma série de resultados empresariais estão agendados para esta semana.

Noutro âmbito, na Ásia, o índice Nikkei de Tóquio encerrou a tendência de subida, com um ganho de 0,35%, e o Hang Seng avançava 0,38% momentos antes do fecho das negociações. Em paralelo, as autoridades chinesas reafirmaram a sua confiança em alcançar um crescimento económico de cerca de 5% até 2025, apesar das tensões comerciais com os Estados Unidos.

Em Wall Street, o mercado fechou a verde na passada sexta-feira, num período marcado pelos debates sobre a guerra comercial e pelos comentários do Presidente Trump em relação a Jerome Powell, presidente da Reserva Federal. Enquanto isso, o preço do ouro recuava ligeiramente e o do petróleo Brent para entrega em junho registava um leve avanço, refletindo as dinâmicas do mercado energético.

Por fim, o euro viu a sua valorização abrandar, cotado a 1,1341 dólares, num cenário de volatilidade que perdura desde os recentes picos observados nos últimos meses.

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