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Marcelo opta por não comparecer ao aniversário do PSD devido ao seu "estatuto suprapartidário"

há 5 horas

O Presidente da República explica a sua ausência no almoço do PSD, enfatizando a importância do seu papel imparcial durante a campanha eleitoral, apesar do convite de Luís Montenegro.

Marcelo opta por não comparecer ao aniversário do PSD devido ao seu "estatuto suprapartidário"

Marcelo Rebelo de Sousa esclareceu hoje que a sua decisão de não participar no almoço de aniversário do PSD, realizado durante a campanha eleitoral, se deve ao seu "estatuto suprapartidário" como Presidente da República. O chefe de Estado reconheceu o gesto do atual líder do partido, Luís Montenegro, ao convidar todos os ex-líderes, o que considerou pertinente.

“Compreendo que o líder do partido tenha, por educação, lembrado de convidar todos os ex-líderes, por isso, seria um pouco estranho se não tivesse recebido o convite”, declarou o Presidente, em resposta a uma série de perguntas no Palácio de Belém, em Lisboa.

Marcelo também destacou que Luís Montenegro já estava ciente da sua recusa, pois tinha previamente comunicado a sua decisão. “É claro que, em período de campanha, o Presidente da República, que é supostamente imparcial, não poderia participar numa iniciativa que poderia ser interpretada como uma atividade de campanha”, explicou.

Aproveitando a ocasião, Marcelo referiu-se à sua presença noutro evento, uma procissão em Loulé, Algarve, onde esteve ao lado de Maria da Graça Carvalho, cabeça de lista da AD (PSD/CDS-PP) pelo distrito de Faro e atual ministra do Ambiente e da Energia. O convite para a procissão partiu do presidente da Câmara Municipal, Vítor Aleixo, do partido socialista, e o Presidente não sentiu desconforto por estar rodeado de candidatos de outros partidos durante a celebração.

O 51.º aniversário do PSD ocorreu na terça-feira, 6 de maio, coincidente com a campanha para as eleições legislativas antecipadas, agendadas para 18 de maio. Durante o almoço na sede do partido em Lisboa, Luís Montenegro reuniu a maioria dos ex-líderes, incluindo figuras como Pedro Passos Coelho, Aníbal Cavaco Silva e Manuela Ferreira Leite.

O presidente do PSD justificou a ausência de Marcelo, sugerindo que o Presidente deveria manter uma posição neutra em momentos de campanha eleitoral, o que foi suficientemente compreendido por todos os presentes.

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