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Macron e Netanyahu em Conflito: Franca Rejeita Acusações de Antissemitismo

A presidência francesa desmente Netanyahu, afirmando que as intenções de reconhecer a Palestina não fomentam o antissemitismo e reafirma a proteção à comunidade judaica em França.

19/08/2025 20:55
Macron e Netanyahu em Conflito: Franca Rejeita Acusações de Antissemitismo

A presidência da França respondeu com veemência às acusações do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que sugeriu que a intenção do Presidente Emmanuel Macron de reconhecer o Estado da Palestina na próxima Assembleia-Geral da ONU estaria a incitar o antissemitismo. O Eliseu qualificou a declaração de Netanyahu como "errada e abjeta".

Além disso, enfatizou que "a República protege e protegerá sempre os seus compatriotas de confissão judaica" e alertou que a carta de Netanyahu "não ficará sem resposta". O Eliseu destacou a necessidade de abordar os atuais desafios com "gravidade e responsabilidade, não com equívocos e manipulações".

Na carta enviada a Macron, Netanyahu expressou preocupações sobre o que considerou um aumento do "fogo antissemita", instando o líder francês a substituir "a fraqueza pela ação" e a tomar uma posição clara antes do Ano Novo judaico, a 23 de setembro.

O ministro francês dos Assuntos Europeus, Benjamin Haddad, acrescentou que a França "não tem lições a receber" quando se trata de combater o antissemitismo. Desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, o número de incidentes antissemitas na França aumentou significativamente.

Entre janeiro e maio de 2025, registaram-se 504 atos antissemitas, uma diminuição em relação aos 662 do mesmo período em 2024, mas ainda assim os números permanecem alarmantes, com um aumento de 134% comparado ao mesmo intervalo em 2023. Em 2024, o total de atos antissemitas atingiu 1.570.

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