O Governo de Macau alerta para uma superbaixa natalidade a partir de 2029 e prevê que os idosos representarão quase 25% da população até 2041, exigindo novas medidas sociais e de apoio familiar.
Antecipando o Futuro Demográfico: O Governo de Macau destacou que, a partir de 2029, o território enfrentará uma fase de superbaixa taxa de natalidade, o que terá implicações profundas na força laboral, no sistema educativo e na alocação dos recursos sociais.
Números que Preocupam: Dados de 2024 apontam 3.607 nascimentos, uma diminuição de 105 unidades face ao ano anterior, resultando numa taxa de natalidade de 5,3 por mil habitantes. A taxa de fertilidade atingiu um novo mínimo, com 0,58 filhos por mulher, um resultado inferior à estimativa prévia de 0,68 (a mais baixa do mundo, segundo a UNDESA).
Medidas e Incentivos para as Famílias: Durante a sua intervenção na Assembleia Legislativa, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, anunciou que o governo, que assumiu em dezembro, pretende incentivar a procriação e reforçar o apoio às famílias. Entre as medidas implementadas está um subsídio de assistência à infância de 1.500 patacas mensais para crianças com menos de três anos e o aumento do subsídio de nascimento para 6.500 patacas, acrescido do apoio ao programa de reprodução medicamente assistida.
Um Envelhecimento Acelerado: Estando os idosos (65 anos ou mais) em 14,6% da população em 2024, as projeções indicam que essa percentagem chegará a 21,4% até 2029 e quase 25% (24,8%) até 2041, definindo Macau como território de superenvelhecimento. Em resposta, O Lam sublinhou a necessidade de ampliar os lares para terceira idade, que atualmente têm uma espera média de 16 meses.