Lotus reafirma compromisso com fábrica no Reino Unido

A Lotus, sob a égide da Geely, desmentiu os rumores sobre o encerramento da sua histórica fábrica em Hethel, Norfolk, que já opera há quase 60 anos. A possibilidade de transferir a produção para os Estados Unidos não implica a intenção de fechar as instalações britânicas, como esclareceu a marca em um comunicado.

O fecho da fábrica colocaria em risco mais de 1.000 postos de trabalho e, conforme reportado pela publicação Autocar, a empresa sofreu interrupções na produção devido a tarifas, incluindo uma pausa no fabrico do modelo Emira, considerado crucial para a operações da Lotus. Além do Reino Unido, a marca também tem uma unidade de produção em Wuhan, na China.

Recentemente, o governo britânico expressou disponibilidade para apoiar a Lotus, numa altura em que um novo acordo entre o Reino Unido e a administração Trump reduziu as tarifas dos automóveis britânicos importados para os EUA de 25% para 10%, criando um ambiente mais favorável para as exportações.

A Lotus, que apresenta prejuízos e tem implementado cortes de custos, incluindo o layoff de 270 trabalhadores em Hethel no final de abril, vê a possibilidade de uma expansão nos Estados Unidos como uma estratégia para contornar as dificuldades impostas pelas tarifas. O diretor-executivo, Feng Qingfeng, comentou recentemente que "acreditamos que a localização é um plano viável que pode ajudar na recuperação."

Num comunicado, a marca reafirma que "o Reino Unido é o coração da Lotus", sendo o centro das operações de fabrico, design e desporto motorizado. Além disso, a Lotus continua a priorizar investimentos significativos no Reino Unido, enquanto explora estratégias para melhorar a eficiência e a competitividade global. O compromisso com os clientes, funcionários, concessionários e fornecedores permanece inalterado.

Fundada em 1952, a Lotus começou a sua trajetória numa pequena garagem, tendo-se estabelecido em Hethel em 1966, após a transição de Cheshunt, onde esteve apenas sete anos.