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Libertação de Edan Alexander: Colaboração entre Israel e EUA resulta em avanço

há 3 horas

O Primeiro-Ministro de Israel revelou que a libertação do refém Edan Alexander é fruto de uma eficaz parceria entre a pressão militar israelita e a diplomacia dos EUA.

Libertação de Edan Alexander: Colaboração entre Israel e EUA resulta em avanço

O Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, elogiou hoje a libertação do refém israelo-americano Edan Alexander, enfatizando que este sucesso se deveu a uma "combinação vencedora" entre a pressão militar exercida pelas Forças Armadas de Israel e a ação política do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Num vídeo enviado pelo seu gabinete, Netanyahu descreveu este momento como "muito emocionante". Ele também partilhou que teve uma conversação com Trump, que reafirmou o seu compromisso com Israel e a vontade de colaborar estreitamente com o seu governo.

Segundo um comunicado do Exército israelita, Alexander foi entregue num ponto de recepção em Israel, próximo da fronteira com a Faixa de Gaza, e irá realizar exames médicos antes de se reunir com a sua família.

O refém foi libertado pelas Brigadas al-Qassam, o braço armado do Hamas, como confirmaram tanto os militares israelitas quanto o próprio grupo islamita. O Hamas declarou que este acontecimento resulta dos persistentes esforços dos mediadores para alcançar um cessar-fogo e facilitar a entrada de ajuda humanitária na região.

O Hamas ainda garantiu que "negociações sérias" poderão permitir a libertação de mais reféns, mas alertou que a "continuação da agressão pode agravar o sofrimento" dos cativos.

As famílias dos reféns expressaram suas esperanças com a libertação, mas lembraram que ainda permanecem 58 prisioneiros nas mãos do Hamas. O Fórum de Famílias Desaparecidas e Reféns manifestou que, após 584 dias de angustiante cativeiro, Edan está finalmente de volta, destacando que a luta pela liberdade de todos os reféns deve continuar a ser uma prioridade nacional.

Edan foi capturado no dia 7 de outubro de 2023, durante um ataque surpresa da Hamas em solo israelita, que resultou num conflito intenso na Faixa de Gaza. A libertação de Edan parece ser uma tentativa do Hamas de estreitar laços com os Estados Unidos, especialmente com a visita ao território do enviado da Casa Branca, Steve Witkoff.

O alvo do Hamas é iniciar imediatamente negociações para um cessar-fogo sustentado, que incluiria a retirada das forças israelitas e a troca de prisioneiros, além da reconstrução da Faixa de Gaza. O Hamas instou a administração Trump a intensificar os esforços para por fim ao que consideram uma "guerra brutal” liderada por Netanyahu contra a população civil na região.

Desde os ataques de 7 de outubro, onde cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, foram mortas, Israel respondeu com uma vasta operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 52 mil mortos, muitos dos quais mulheres e crianças, e deixou a infraestrutura da região em ruínas.

As partes envolvidas continuam a dialogar com mediadores internacionais, sem conseguirem ainda alcançar um acordo para uma nova suspensão das hostilidades e a libertação dos restantes reféns.

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