A Região de Leiria mobiliza 471 operacionais e 113 viaturas para o período crítico do DECIR, com o foco na prevenção e combate aos incêndios rurais.
A Região de Leiria está a preparar-se para enfrentar o período crítico do Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR), que inicia na próxima quinta-feira. O comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil, Carlos Guerra, anunciou que serão mobilizados 471 operacionais, apoiados por 113 viaturas e três meios aéreos.
Dos 471 operacionais destacados para o combate, que abrangem os meses de julho, agosto e setembro, 431 estão diretamente envolvidos nas tarefas de extinção. Deste grupo, 300 são bombeiros, 52 pertencem à Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da Guarda Nacional Republicana (GNR) e 79 são sapadores florestais. Além disso, haverá 91 veículos a suportar estas operações.
A vigilância será assegurada por 40 operacionais, com 30 elementos do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR e 10 da Polícia de Segurança Pública, complementados por 22 veículos. Comparando com o ano anterior, a região apresentou uma pequena redução no número de operacionais, passando de 481 para 471.
O comandante Carlos Guerra expressou, contudo, preocupação com a contínua origem humana dos incêndios rurais. "Apesar de todos os esfuerzos, continua a haver um número alarmante de incêndios provocados por ações negligentes ou intencionais", afirmou. Ele destacou a necessidade de campanhas de sensibilização contínuas e de um investimento focado em comportamentos que prevenham estas ignições.
Além disso, Guerra alertou para a dificuldade de manter um número suficiente de operacionais capazes de responder às emergências, um fenómeno que se acentua ano após ano. "Estamos a perder operacionais. A situação não é fácil e afeta diretamente a capacidade de resposta", ressalvou.
O comandante referiu ainda que as corporações de bombeiros e outros serviços de emergência estão a esforçar-se por recrutar mais voluntários, mas enfrentam dificuldades. Apesar do aumento significativo nas compensações, a captação de pessoal continua a ser um desafio, contribuindo para um cenário preocupante em termos de disponibilidade de recursos humanos para o combate a incêndios.