Joaquim Barros Rodrigues, proprietário da gasolineira Joaquim Barros Rodrigues & Filhos, considera que o valor pago à Spinumviva, empresa ligada ao primeiro-ministro, foi baixo, comparando com o que habitualmente paga por serviços.
O proprietário da gasolineira Joaquim Barros Rodrigues & Filhos, que se viu envolvido numa controvérsia relacionada com a Spinumviva, empresa do primeiro-ministro Luís Montenegro, declarou esta quarta-feira que o montante dispendido pelo serviço de consultoria foi, na sua opinião, insignificante.
Em entrevista à CNN Portugal, enquanto participava na campanha eleitoral da Aliança Democrática em Braga, Joaquim Barros Rodrigues afirmou: "Tudo o que havia para transmitir, já foi transmitido."
O empresário explicou que Montenegro é seu amigo e que prestou o serviço que desejava: "Paguei-lhe 194 mil euros mais IVA pelo trabalho de dois anos, e em comparação com valores habitualmente praticados por consultorias em situações semelhantes, juntamente com outras empresas com que colaboro, considero que o valor foi baixo."
Quando questionado sobre a natureza da consultoria prestada por Luís Montenegro, Barros Rodrigues esclareceu: "Consultoria, especialmente."
Vale a pena recordar que, em fevereiro, surgiram notícias sobre a família do primeiro-ministro ter uma empresa de compra e venda de imóveis, ao que Montenegro respondeu que a empresa se dedicava apenas a "consultoria no âmbito da proteção de dados."
No âmbito da política, recentemente foram apresentadas duas moções de censura - uma pelo Chega e outra pelo PCP - que acabaram por ser chumbadas. Posteriormente, o primeiro-ministro optou por apresentar uma moção de confiança ao Governo, cujo resultado levou à queda do Executivo e à convocação de eleições legislativas antecipadas, agendadas para o próximo domingo, dia 18 de maio.