LAM adiciona Boeing 737-500 à frota para otimizar operações de voo

A Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) anunciou a entrada temporária de uma nova aeronave Boeing 737-500 na sua frota, um passo que visa aliviar a "pressão" que a companhia tem enfrentado nas operações diárias de voo.

A transportadora aérea estatal informou que a nova unidade começou a operar hoje de manhã, oferecendo espaço para 134 passageiros, além da possibilidade de transportar maiores volumes de carga.

“Esta adição à nossa frota tem como objetivo principal a melhoria da eficiência das nossas operações diárias”, referiu a LAM, que agora conta com quatro aeronaves operacionais, incluindo um CRJ 900 e dois Embraer 145.

O comunicado destaca também o compromisso da LAM em encontrar soluções duradouras para aprimorar a qualidade dos serviços e a assistência aos passageiros.

Recentemente, a companhia enfrentou desafios que resultaram no cancelamento e reprogramação frequente de voos, em grande parte devido à redução da frota para apenas três aviões, após a retirada de dois CRJ 900 da CemAir, devido a uma rescisão unilateral do contrato.

“Estamos a lidar com reprogramações constantes de voos, uma situação que decorre de limitações na capacidade de transportar passageiros”, comentou Alfredo Cossa, porta-voz da LAM, em conferência de imprensa.

A rescisão do contrato com a CemAir teve um impacto significativo, reduzindo drasticamente o número de passageiros que a companhia poderia atender. Assim, a LAM agiu para restaurar a sua capacidade, apresentando em janeiro um edital para a aquisição de aeronaves Embraer ERJ190 e Boeing 737-700, embora os resultados do concurso ainda não sejam conhecidos.

A companhia tem de lidado, há vários anos, com questões operacionais e a necessidade de investimentos, que resultaram em alguns incidentes não fatais, atribuídos a problemas de manutenção das aeronaves.

A contratação da Fly Modern Ark (FMA) visa revitalizar a LAM, mas o contrato terminou a 12 de setembro de 2024, depois de a FMA confirmar uma dívida da companhia de cerca de 300 milhões de dólares.

No âmbito da investigação do Ministério Público (MP) sobre possíveis irregularidades na venda de bilhetes da LAM, estão em curso esforços para identificar a titularidade de terminais de pagamento usados, avaliar prejuízos e responsabilizar os envolvidos.

Ainda em fevereiro, o Governo moçambicano concordou em vender 91% das suas ações na LAM para empresas estatais, com o propósito de adquirir oito novas aeronaves, de modo a reforçar a operação da companhia.

Atualmente, a LAM transporta uma média de 915 passageiros diariamente em voos para diversos destinos nacionais e regionais.