Economia

Economia Ucraniana Resiste, mas Reformas Urgem para o Futuro

há 3 horas

A OCDE elogia a resiliência da economia ucraniana face à invasão russa e destaca a importância de reformas para garantir uma recuperação sustentável.

Economia Ucraniana Resiste, mas Reformas Urgem para o Futuro

Um relatório recentemente publicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) revela que a economia da Ucrânia demonstra uma notável resiliência, mantendo-se firme diante das adversidades resultantes da invasão russa iniciada em fevereiro de 2022.

A OCDE sublinha que "o progresso contínuo nas reformas será crucial para estabelecer bases sólidas para um crescimento sustentável a longo prazo". O estudo aponta que uma melhoria nas oportunidades de investimento e o regresso de ucranianos deslocados pela guerra podem impulsionar ainda mais essa recuperação.

As projeções da organização indicam um crescimento económico de 2,5% em 2025 e de 2% em 2026, seguindo uma taxa de 2,9% no ano passado. Apesar da inflação elevada, estimada em 13,2% em 2025, espera-se que ela diminua para 7,1% no próximo ano. A OCDE recomenda uma política monetária "cuidadosamente calibrada" para alcançar a meta de 5% definida pelo banco central da Ucrânia.

O secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, afirmou que "a resiliência da Ucrânia é um testemunho da força do seu povo, das suas empresas e do apoio recebido de parceiros internacionais." Entre os desafios, destaca-se a previsão de um défice orçamental de 20% do PIB e um aumento da dívida pública para 116% da produção em 2026, em grande parte devido ao financiamento das despesas de defesa.

A OCDE recomenda a otimização das despesas públicas para facilitar o investimento em obras de reconstrução, bem como um aprimoramento na coleta de impostos e na eficácia da administração fiscal através de ferramentas digitais. A consideração de reformas estruturais robustas que promovam o emprego e incentivem o investimento empresarial é vista como essencial para solidificar a recuperação económica.

O relatório também faz um apelo à luta contra a corrupção, evidenciando os "fortes progressos" realizados até agora e a necessidade de continuar a promover uma cultura de integridade nas instituições públicas e privadas.

Além disso, a mobilização de guerra e a saída de centenas de milhares de cidadãos geraram uma carência significativa de mão-de-obra, exacerbando desafios como o envelhecimento populacional. A OCDE propõe apoiar a reintegração de militares desmobilizados e refugiados na força de trabalho, bem como a redução de barreiras que limitam a participação feminina no mercado laboral.

A organização defende também a simplificação das regulamentações, o fomento da concorrência, da inovação e o acesso a financiamento para reforçar a produtividade e as exportações.

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