"Katia Aveiro exprime-se sobre agressões na Madeira e partilha experiência pessoal"
Katia Aveiro reage a um vídeo de violência doméstica que circula nas redes sociais, recordando momentos do seu passado e apelando à justiça para a vítima e seu filho.

Katia Aveiro usou as redes sociais para comentar um vídeo angustiante que tem estado a ser partilhado, onde um homem, identificado como um bombeiro de Machico, na Madeira, agride a sua companheira na presença do seu filho.
Consciente da gravidade da situação, que a toca pessoalmente, dado que a sua mãe, Dolores Aveiro, também sofreu violência doméstica, Katia sentiu a necessidade de partilhar a sua experiência e expressar a sua indignação.
"Aqueles que conhecem a história da minha família sabem que nós, filhos, fomos testemunhas de episódios de violência doméstica. Antigamente, era comum ver homens a beber e a agredir as mulheres. Eu cresci neste ambiente", revelou a empresária.
Katia sublinhou que vir estas cenas despertarão memórias dolorosas em quem já passou por experiências semelhantes: "Isto acende gatilhos, especialmente para quem testemunhou violência em casa. Felizmente, já consegui ultrapassar essa fase, assim como os meus irmãos."
Refletindo sobre os acontecimentos recentes, ela expressou a sua tristeza: "É inacreditável que, ainda hoje, continuemos a assistir a estas situações. A dor da mulher é palpável, mas, acima de tudo, preocupa-me ver o menino a pedir ao pai para parar."
Ainda assim, Katia mantém a esperança de que a justiça será feita: "Espero que as imagens contribuam para que, enquanto mulher e cidadã, se faça justiça".
Expressando solidariedade com a vítima, Katia fez votos para que mãe e filho consigam superar este trauma: "Desejo que a mãe se reergue e aprenda a amar-se, e que consiga encontrar força para perdoar, para que não carregue sobre si esse peso de raiva. Este homem não a merece".
No final do seu discurso, Katia dirigiu-se a todas as mulheres que atravessam situações de violência, instando-as a encontrarem coragem para deixarem essas relações prejudiciais.
O clamor pela justiça e pela proteção das vítimas fez eco também entre outras figuras públicas, como Rita Ferro Rodrigues, que comentou a dor infligida à mulher e ao filho no vídeo viral, exigindo uma ação rápida da justiça.