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Jovens angolanos em Roma desejam novo Papa conservador e um cardeal para Angola

há 15 horas

Durante o início do Conclave, dois diáconos angolanos expressaram a esperança de que o próximo Papa mantenha a tradição e traga um cardeal para Angola.

Jovens angolanos em Roma desejam novo Papa conservador e um cardeal para Angola

No coração da Praça de São Pedro, dois diáconos angolanos, Arsénio Messias e Daniel dos Santos, acompanharam hoje o arranque do Conclave, alimentando a expectativa de que um novo Papa respeite as tradições da Igreja e, simultaneamente, que Angola volte a ter um representante cardeal.

Estudantes de mestrado em direito canónico na Pontifícia Universidade Urbaniana há seis anos, eles elogiam a abordagem do Papa Francisco, manifestando a esperança de um sucessor que priorize a coesão da Igreja. Arsénio Messias, de 31 anos, salienta que Francisco foi um líder que "se aproximou do povo, especialmente dos mais marginalizados", e espera que o próximo Papa também busque essa proximidade com os fiéis.

Sobre a divisão entre progressistas e conservadores, Messias acredita que é possível harmonizar essas correntes, contanto que o novo Papa encontre um equilíbrio entre a tradição e a modernidade. Da mesma forma, Daniel dos Santos, de 27 anos, elogia a disposição de Francisco em engajar-se com as comunidades, chamando a isso uma "Igreja em saída".

Durante o Conclave, Daniel espera que os cardeais escolhidos sejam guiados pelo "coração de Deus e as expectativas da humanidade contemporânea", e destaca que o que realmente importa é que o novo líder seja um bispo que represente tanto Roma quanto a Igreja universal.

Embora haja preocupações sobre a falta de um cardeal angolano, Daniel expressou a sua esperança de que isso mude com a nova liderança, já que Angola não tem um cardeal eleito desde Alexandre do Nascimento. Arsénio, por outro lado, vê a possibilidade de um cardeal como algo desejável, mas não essencial para a sua fé. "Um cardeal em Angola seria motivo de orgulho, mas a minha fé é inabalável, independentemente disso", afirmou.

O Conclave, que reúne 133 cardeais de 70 países, exige que o candidato eleito alcance 89 votos para ser escolhido como o 267.º Papa da Igreja Católica. Serão realizadas quatro votações diárias e, em caso de um resultado inconclusivo, o fumo negro indicará a necessidade de novas votações, enquanto o fumo branco anunciaria a sua eleição.

A eleição do novo Papa será seguida pela escolha do nome que irá usar e pela sua apresentação à multidão na Praça de São Pedro, marcando o fim do Conclave. Posteriormente, ocorrerá a missa de início do seu pontificado, seguindo as tradições da Igreja Católica.

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#IgrejaTradicional #PapaAngolano #Conclave2023