Japonês condenado na China por alegações de espionagem
Um japonês foi sentenciado a três anos e meio de prisão na China por espionagem, segundo a embaixada nipónica em Pequim. Detido desde março, o caso levanta preocupações sobre relações bilaterais.

Um cidadão japonês foi condenado a três anos e meio de prisão na China, sob acusações de espionagem, conforme divulgado pela embaixada do Japão em Pequim. A identidade do condenado, cuja detenção ocorreu em março de 2023, não foi oficialmente revelada, mas fontes da agência Kyodo indicam tratar-se de um homem com cerca de 60 anos, que trabalhava para a empresa farmacêutica Astellas Pharma Inc.
A formalização das acusações pelas autoridades chinesas aconteceu em agosto, e a primeira audiência do processo decorreu em novembro, sem a divulgação de informações sobre o mesmo. O Tribunal Popular Intermédio nº 2 de Pequim, responsável pela decisão, não disponibilizou um comunicado oficial após a leitura da sentença.
O embaixador do Japão na China, Kenji Kanasugi, esteve presente no julgamento, no entanto, jornalistas japoneses não tiveram permissão para acompanhar os desenvolvimentos. A embaixada nipónica classificou a condenação como "lamentável", enfatizando que tais prisões constituem "um dos maiores obstáculos ao aprimoramento dos intercâmbios interpessoais e à compreensão mútua" entre os dois países.
Desde a implementação da Lei da Contraespionagem na China em 2014, 17 cidadãos japoneses foram detidos por alegadas atividades de espionagem, sendo que cinco permanecem sob custódia, incluindo o indivíduo recentemente condenado.