Israel lança operações militares contra instalações no Iémen

O Exército israelita conduziu ataques aéreos esta manhã contra o aeroporto e diversas centrais elétricas na região da capital do Iémen, Sana. Segundo um comunicado das forças armadas israelitas, os ataques visaram desmantelar as operações dos rebeldes Huthis, que têm intensificado a sua campanha contra Israel.

Em detalhes sobre os ataques, o exército afirmou que a infraestrutura associada aos Huthis foi severamente afetada, incluindo um ataque específico no principal aeroporto de Sana e em uma "fábrica de cimento" situada ao norte da capital.

O canal de notícias al-Masirah, ligado aos Huthis, confirmou a ocorrência dos bombardeamentos, afirmando que o aeroporto sofreu danos significativos.

Imagens difundidas pela televisão israelita mostraram colunas de fumo negro a erguer-se do horizonte de Sana, enquanto vídeos partilhados nas redes sociais revelaram a intensidade dos ataques, com explosões ressoando nas montanhas da zona.

Os ataques de hoje sucederam a um alerta emitido pelas forças israelitas nas redes sociais, aconselhando a evacuação das áreas circundantes ao aeroporto.

Na última segunda-feira, Israel já havia atacado os Huthis na província de Hodeida, no Mar Vermelho, resultando na morte de pelo menos uma pessoa e mais de 30 feridos. O gabinete de imprensa dos Huthis reconheceu que vários ataques afetaram o porto de Hodeida e atingiram também uma fábrica de cimento na localidade de Bajil.

Entretanto, um míssil lançado pelos Huthis na noite de domingo atingiu uma estrada próximo ao aeroporto internacional Ben Gurion, em Israel, causando a interrupção do tráfego aéreo e de passageiros. Este incidente marcou a primeira vez que um míssil Huthi atingiu diretamente o principal aeroporto de Israel desde o início do conflito em Gaza, em outubro de 2023.

Os Huthis têm vindo a atacar Israel em apoio aos palestinianos na Faixa de Gaza, o que levou as forças armadas dos Estados Unidos a intensificarem os seus ataques aéreos contra os rebeldes desde 15 de março, enquanto as forças israelitas continuam a responder com bombardeamentos no Iémen.