Irão acusa Israel de tentativa de atentado e defende a soberania nacional
O Presidente do Irão denunciou Israel por uma alegada tentativa de assassinato, enquanto criticou ações em guerra contra o país, numa entrevista controversa a Tucker Carlson.

O Presidente do Irão, Massoud Pezeshkian, dirigiu fortes acusações a Israel, qualificando o país de responsável por uma tentativa de homicídio durante uma reunião, sem especificar a data do incidente. Na entrevista a Tucker Carlson, transmitida recentemente, afirmou: "Estava numa reunião (...), tentaram bombardear a zona onde estávamos a realizar essa reunião. Foi Israel", conforme traduzido por um intérprete.
Pezeshkian sublinhou que os ataques foram malsucedidos, declarando: "Tentaram, sim. Agiram em conformidade, mas falharam". O Presidente demonstrou uma disposição firme em sacrificar-se em defesa da nação para "salvaguardar a soberania e a independência" do Irão.
Além das acusações sobre a tentativa de assassinato, o Presidente iraniano denunciou Israel por crimes de guerra relacionados com o assassinato de comandantes iranianos. "Mataram-nos enquanto estavam a passar as noites com as suas famílias", comentou, aludindo também às mortes de cientistas do programa nuclear iraniano em bombardeamentos que resultaram em vítimas civis.
Tucker Carlson, ex-apresentador da Fox News, revelou nas redes sociais que decidiu entrevistar Pezeshkian, apesar das possíveis críticas, argumentando que "os cidadãos norte-americanos têm o direito constitucional de acesso à informação que os afeta". No decorrer da entrevista, questionou sobre a possibilidade de restabelecimento das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e o Irão. Pezeshkian respondeu que o Irão "não vê qualquer problema" em retomar as negociações, embora expressasse reservas sobre a confiança em Washington.
A conversa ocorreu no contexto da guerra de 12 dias que teve início em meados de junho, durante a qual os Estados Unidos bombardearam três instalações nucleares no Irão.