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"Bolsonaro agradece apoio de Trump e reafirma inocência"

Jair Bolsonaro comentou publicamente o apoio de Donald Trump, elogiando-o e reafirmando que enfrenta uma "perseguição política". Lula da Silva e a ministra Gleisi Hoffmann reagiram criticamente.

há 2 horas
"Bolsonaro agradece apoio de Trump e reafirma inocência"

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro manifestou-se em resposta ao apoio recebido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se pronunciou nas redes sociais em defesa do colega. Bolsonaro expressou "muita alegria" com a declaração de Trump, relembrando os dois anos que passaram juntos a defender os interesses de ambos os países.

Na sua publicação na rede social X (anteriormente conhecida como Twitter), Bolsonaro reiterou a sua inocência num processo que considera uma "aberração jurídica" e uma clara busca política. "Convivi com o presidente Trump, sempre defendendo a liberdade e os interesses dos nossos povos. O processo que enfrento é uma perseguição política", afirmou.

Além de agradecer ao "ilustre presidente e amigo" que também enfrentou perseguições, Bolsonaro elogiou a luta de Trump pela paz e liberdade, afirmando: "Obrigado por existir e nos dar exemplo de fé e resiliência".

Trump, através da sua plataforma Truth Social, denominou o tratamento dado a Bolsonaro pelo Brasil como "terrível", argumentando que o ex-presidente é alvo de uma incessante perseguição. "Ele não fez nada de errado, exceto lutar pelo seu povo", escreveu Trump, sublinhando que a situação se assemelha a uma "caça às bruxas".

A também ex-presidente do Brasil, Lula da Silva, e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, não tardaram a reagir. Hoffmann aconselhou Trump a "cuidar dos seus próprios problemas", enquanto a presidência brasileira enfatizou a soberania do Brasil e rejeitou quaisquer tentativas de interferência.

O Supremo Tribunal Federal do Brasil já concluiu a fase de instrução do processo contra Bolsonaro e outros réus, acusados de tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022 para Lula. O juiz responsável pelo caso, Alexandre de Moraes, agora irá receber as alegações finais antes do julgamento.

Estão envolvidos neste processo vários altos funcionários, acusados de crimes relacionados com a alegada tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Segundo as investigações, o plano de golpe foi concebido após a vitória de Lula nas urnas, culminando na invasão dos edifícios dos três poderes em 8 de janeiro de 2023.

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