Interdição de banhos na Praia da Vieira prorrogada após descargas de efluentes
A interdição a banhos na Praia da Vieira, na Marinha Grande, mantém-se devido a descargas de efluentes não tratados. Resultados de novas amostras só estarão disponíveis na sexta-feira.

A Praia da Vieira, localizada no concelho da Marinha Grande, continuará a ter a proibição de banhos, em consequência de descargas de efluentes não tratados no rio Lis, informaram as autoridades esta terça-feira. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) anunciou que, devido a uma avaria na estação elevatória de Monte Real, que ocorreu na terça-feira, foi iniciada uma monitorização diária da qualidade da água balnear.
A situação adversa foi identificada na quarta-feira, levando ao desaconselhamento do banho por precaução, em virtude do risco de contaminação microbiológica. Apesar de uma amostra de água costeira ter apresentado resultados conformes, com níveis de 'Escherichia coli' e 'Enterococos' abaixo dos limites seguros, a APA decidiu manter a proibição até obtiver os resultados de uma nova análise de água.
Estes resultados serão divulgados na próxima sexta-feira e serão cruciais para decidir sobre o levantamento da interdição. No dia anterior, a empresa Águas do Centro Litoral (AdCL) informou que a avaria nas bombas da estação de Monte Real levou à utilização do sistema de descarga de emergência, o que resultou em descargas no rio Lis e numa vala de rega.
A AdCL reportou que a avaria foi resolvida e que a descarga de efluentes foi interrompida. O secretário de Estado do Ambiente anunciou a formação de uma comissão para avaliar a situação e os impactos, junto de várias entidades, com o objetivo de coordenar a resposta à avaria.
A comissão irá analisar como evitar futuras situações similares e a implementação de melhorias nos sistemas. A AdCL comprometeu-se a assumir responsabilidades civis e ambientais, assegurando que não se trata de uma falha de manutenção.
Além disso, foram abertos três açudes do rio Lis para aumentar o caudal e ajudar na limpeza do leito do rio. Este processo começará a ter efeito na foz do rio às 21:00, com a liberação de 1.000 litros de água por segundo, mantendo o caudal ecológico necessário para a preservação dos ecossistemas aquáticos.