Índia condiciona acordos comerciais a vantagens mútuas
O ministro Piyush Goyal enfatizou que a Índia só firmará acordos que protejam os seus interesses e sejam vantajosos para todas as partes envolvidas.

O ministro do Comércio e da Indústria da Índia, Piyush Goyal, afirmou que o país só estará disposto a estabelecer parcerias comerciais com nações desenvolvidas se os acordos forem benéficos para todas as partes e garantirem a proteção dos interesses indianos. “A prioridade será sempre o interesse nacional”, declarou Goyal durante um evento comercial em Nova Deli.
Adicionalmente, Goyal mencionou que a Índia não se compromete a assinar acordos com base em prazos estipulados ou pressões externas. “Um acordo só é aceito quando está plenamente amadurecido, bem negociado e demonstra ser do interesse nacional”, enfatizou.
Segundo informações do Financial Times, a Índia e os Estados Unidos poderão chegar a um acordo comercial provisório ainda esta semana, antes do término da pausa tarifária imposta pelo Presidente Donald Trump, prevista para o dia 9 do corrente mês. As negociações entre os dois países têm avançado significativamente desde a tomada de posse de Trump como Presidente.
No entanto, apesar da relação amigável entre Trump e o Primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, Trump anteriormente denunciou a Índia como “um grande rufia” no comércio, o que resultou na imposição de tarifas recíprocas de até 26% em abril. Os Estados Unidos continuam a ser o maior parceiro comercial da Índia.
Goyal também indicou que as negociações comerciais se estendem a outras regiões, incluindo a União Europeia, Nova Zelândia, Omã, Chile e Peru.