Incêndios no Centro: Associação clama por acção governamental imediata

A Associação Empresarial da Serra da Lousã (AESL) fez um apelo categórico ao Governo, pedindo uma intervenção "urgente e estruturada" em resposta aos incêndios que têm devastado o interior do Centro do país. A associação, que tem sede na Lousã, expressou a sua "profunda preocupação" em comunicado enviado à agência Lusa, destacando os "danos devastadores" causados pelos incêndios recentes, que tiveram um impacto severo a nível ambiental, social e económico.

No comunicado, a AESL espera que o Conselho de Ministros, que se reunirá de forma extraordinária em Viseu, aprove "apoios robustos às empresas", incluindo linhas de tesouraria e financiamento que visem a recuperação das unidades produtivas, fábricas, máquinas, matérias-primas e stocks que foram destruidos.

A associação defende ainda a implementação imediata do 'lay-off' simplificado, uma medida que permitirá às empresas afetadas proteger os seus postos de trabalho enquanto trabalham na reconstituição das suas actividades.

Além disso, a AESL propõe a prorrogação e flexibilização dos prazos para o pagamento de impostos e contribuições, bem como um apoio integral para a recuperação das perdas que as populações e os agentes locais enfrentam. Um programa abrangente de recuperação florestal e medidas específicas para revitalizar o tecido empresarial também constam da lista de reivindicações.

"A recuperação das empresas e dos actores económicos nas regiões mais atingidas é essencial para garantir emprego, rendimento e coesão social. Sem apoio concreto e imediato, estaremos a comprometer a reconstrução das comunidades e a base económica neles existentes," afirmou Carlos Alves, presidente da AESL, na nota oficial.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, convocou um Conselho de Ministros extraordinário, previsto para hoje em Viseu, com o intuito de aprovar medidas de apoio às populações impactadas pelos incêndios florestais.