Acordo Comercial UE-EUA: Rumo à Estabilidade Económica
A Comissão Europeia celebra um novo acordo comercial com os EUA, que promete "estabilidade e previsibilidade" nas relações económicas, mas suscita críticas internas sobre a sua equidade.

A Comissão Europeia anunciou hoje que o novo acordo comercial com os Estados Unidos da América (EUA) representa um passo significativo, trazendo "estabilidade e previsibilidade" para os mercados. O comissário para o Comércio e Segurança Económica, Maros Sefcovic, afirmou em conferência de imprensa em Bruxelas que a UE "alcançou a meta", sublinhando a importância deste acordo que oferece "o cenário mais favorável" até agora estabelecido por Washington para um parceiro.
Sefcovic destacou que a alternativa seria ter "uma guerra comercial com direitos alfandegários estratosféricos que prejudicariam todos". As tarifas de 15% impostas à UE serão aplicadas em setores críticos, incluindo automóvel, farmacêutico, madeira e semicondutores, apresentando-se como "um ponto positivo num contexto desafiante".
Bruxelas e Washington comprometeram-se ainda a criar um “quadro para comércio e investimento transatlânticos” que valorize a justiça e o equilíbrio, oferecendo benefícios para ambas as partes. No entanto, a aprovação do acordo, que foi negociado entre Ursula von der Leyen e Donald Trump, desencadeou críticas de alguns membros da UE que consideram que os termos não favorecem adequadamente o bloco comunitário.
Apesar das objeções, a declaração conjunta sugere que este é apenas o "primeiro passo" de um processo que deverá potenciar as trocas comerciais e melhorar o acesso aos mercados em setores adicionais. A partir de 1 de setembro, determinados setores, como os recursos naturais e produtos farmacêuticos genéricos, terão acesso a um regime específico de tarifas.