Incêndios em Sátão: A Calma Após o Caos

O autarca do Município de Sátão, Alexandre Vaz, exprimindo algum alívio, referiu à agência Lusa que "hoje respiro melhor, pois não temos frentes ativas de incêndio". Embora existam alguns reacendimentos, assegurou que "bombeiros, sapadores e militares estão empenhados em evitar que essa situação se agrave".

Vaz, que lidera a Câmara no distrito de Viseu, comentou ainda sobre o "grande incêndio" que afetou a região, nomeadamente a freguesia de Vila Boa, destacando a necessidade de agora "reerguer" a comunidade. "Em Águas Boas, onde enfrentámos uma calamidade muito séria na quinta-feira, as horas foram complicadas, mas finalmente conseguimos alguma calma e estamos a trabalhar para garantir que tudo fique corretamente apagado", afirmou.

O autarca reconheceu que ainda não é possível calcular a área ardida, embora acredite que "serão muitos hectares", além de lamentar a destruição de barracões, equipamentos agrícolas e alimentos. "O prejuízo é significativo para as nossas populações e teremos de avaliar mais detalhadamente o ocorrido", acrescentou.

A situação não afeta apenas Sátão, mas também os municípios vizinhos de Sernancelhe, Moimenta da Beira, Penedono e São João da Pesqueira (Viseu), além de Aguiar da Beira, Trancoso, Fornos de Algodres, Meda e Celorico da Beira (Guarda).

O incêndio na freguesia de Ferreira de Aves teve início na madrugada de quarta-feira, dia 13, e rapidamente se alastrou para os concelhos adjacentes. Até às 17h00, estavam mobilizados neste combate 992 operacionais, com o suporte de 324 veículos e cinco meios aéreos, conforme dados da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Simultaneamente, outro incêndio, ocorrido na freguesia de Freches, em Trancoso, teve o alerta dado no sábado, dia 09, e pelas 17h00 contava com 482 operacionais e 168 viaturas a combater as chamas.