Incêndio na Serra da Lousã: Evacuações e Luta Contínua Contra as Chamas
O incêndio na Serra da Lousã, Coimbra, avança com duas frentes activas, levando à evacuação de 53 pessoas. As chamas estão a evoluir de forma preocupante, mas os meios de combate estão mobilizados.

Hoje à tarde, o incêndio florestal na Serra da Lousã, localizada no distrito de Coimbra, apresentou-se com uma evolução “complicada”, abrangendo duas frentes de fogo, conforme indicado por Luís Antunes, presidente da Câmara Municipal. As chamas estão a propagar-se numa vertente próxima à aldeia de Cerdeira e numa outra na direção sul.
Embora o incêndio possa ameaçar a vizinha Castanheira de Pera, o autarca assegurou que a situação se mantém controlada, em grande parte devido às condições do vento. “Fizemos evacuações preventivas nas aldeias do Candal, Cerdeira e Silveira, e também em outras localidades a sul”, afirmou o presidente, antes de a conexão por telemóvel ser perdida.
Num comunicado divulgado na rede social Facebook, a Câmara Municipal da Lousã informou que as evacuações envolveram as aldeias do Talasnal, Casal Novo, Chiqueiro, Catarredor e Vaqueirinho, em colaboração com as autoridades locais. As estradas EN236 e a Estrada de Cacilhas/Hortas, que dão acesso às aldeias, estão agora encerradas ao trânsito.
Às 19:30, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) relatou que 305 operacionais, 86 meios terrestres e 5 aéreos estavam a ser utilizados no combate ao incêndio. Fontes da Proteção Civil em Coimbra mencionaram que o fogo está activo e a avançar em direção ao Trevim, a 1.205 metros de altitude.
O incêndio teve início na vertente oeste, acima do Candal, com o alerta inicial dado às 13:46. Apesar de ter estado quase controlado inicialmente, as chamas acabaram por se descontrolar e actualmente dirigem-se para a zona mais alta da serra, que delimita os distritos de Coimbra e Leiria.
Devido à situação, a Estrada Nacional 236, que liga a Lousã a Castanheira de Pêra, encontra-se com restrições de circulação para facilitar o acesso às equipas de emergência. “Temos de proteger as pessoas e os bens, evitando situações de risco”, referiu Luís Antunes.
Adicionalmente, o acesso ao Castelo da Lousã e à área do santuário da Senhora da Piedade foi temporariamente encerrado, em virtude da aproximação e possível propagação das chamas nessa direcção.