Incêndio em Vila Nova de Foz Côa causa danos em habitações e consome capela
Um incêndio devastador no município de Vila Nova de Foz Côa danificou habitações e consumiu uma capela. Autarcas expressam preocupação com o risco de novas ignições.

Um incêndio florestal em Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda, resultou em danos significativos, incluindo uma capela que ardeu e uma casa de primeira habitação que sofreu estragos. João Paulo Sousa, presidente da câmara, revelou à agência Lusa que, embora tenha ocorrido algum dano à propriedade, não houve desalojados, uma vez que as famílias afetadas tinham alternativas de alojamento.
A capela que foi consumida pelas chamas situa-se em Cedovim, nas proximidades do cemitério, era um lugar importante onde se guardavam andores. O autarca mencionou que as autoridades locais, em colaboração com a freguesia e outras entidades, planeiam avaliar os danos e iniciar esforços para a sua reconstrução.
As chamas, que se alastraram a partir dos municípios vizinhos de Sátão e Trancoso, afetaram não só habitações mas também terrenos agrícolas e armazéns, deixando um rasto de destruição. Até ao momento, o impacto completo do incêndio ainda não foi totalmente avaliado, mas esperam-se informações adicionais após a inspeção que está agendada para segunda-feira.
Na última sexta-feira, o concelho enfrentou grandes dificuldades, especialmente em Cedovim e Horta. Desde a madrugada, as autoridades relataram que não existiam focos ativos, mas os autarcas permanecem atentos à evolução da situação, considerando a possibilidade de reacendimentos devido a condições climáticas adversas.
O incêndio teve origem em duas frentes diferentes, que acabaram por se unir, afectando 11 municípios nos distritos de Viseu e Guarda. Desde julho, Portugal continental tem sido fustigado por vários incêndios durante uma vaga de calor que levou à declaração do estado de alerta.
Os elementos de proteção civil estão mobilizados, com um total de 1.042 operacionais e vários meios aéreos ao longo da linha de frente do combate aos incêndios. O governo português também ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, recebendo apoio adicional para lidar com esta crise.