Economia

Impactos das tarifas dos EUA ameaçam crescimento e investimento na UE

há 3 horas

A Comissão Europeia sinaliza efeitos negativos nas perspetivas económicas da União Europeia devido a novas tarifas dos EUA, exortando a necessidade de medidas urgentes para a competitividade.

Impactos das tarifas dos EUA ameaçam crescimento e investimento na UE

A Comissão Europeia alertou hoje para os efeitos prejudiciais que as tensões comerciais, originadas pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, poderão ter sobre o crescimento e investimento na União Europeia (UE) neste ano.

O comissário europeu da Economia, Valdis Dombrovskis, mencionou que as previsões detalhadas sobre a economia da UE serão apresentadas nas previsões económicas da primavera na próxima segunda-feira, mas sublinhou que o final de 2024 mostra uma base ligeiramente melhor do que a esperada, mantendo-se a dinâmica no início deste ano.

Após a reunião dos ministros das Finanças da UE em Bruxelas, Dombrovskis destacou: "No entanto, as novas tarifas dos EUA e a incerteza gerada estão a impactar negativamente as nossas perspetivas de crescimento e investimento."

O comissário reforçou que os riscos económicos estão claramente inclinados para um cenário desfavorável, reafirmando a importância de ações urgentes por parte da UE e dos seus Estados-membros para melhorar a competitividade e assegurar um futuro próspero.

Devido a esta incerteza económica, a Comissão Europeia decidiu adiar a divulgação das previsões macroeconómicas de primavera, que estava inicialmente marcada para sexta-feira.

As novas tarifas estão a provocar tensões comerciais, instabilidade nos mercados financeiros e receios de desaceleração econômica e inflação persistente. A Comissão estima que as novas tarifas possam resultar em perdas significativas no PIB, com implicações que podem variar entre 0,2% para a UE e até 3,3% para os EUA, dependendo da permanência dos direitos aduaneiros.

A nível global, prevê-se uma perda de 1,2% no PIB mundial e uma queda de 7,7% no comércio mundial em um período de três anos.

Adicionalmente, hoje o Conselho da UE aprovou a revisão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Portugal, que incluiu 108 medidas para adaptar e reduzir encargos administrativos. Até agora, a UE já desembolsou 311,4 mil milhões de euros aos Estados-membros, com um aviso de Dombrovskis sobre a proximidade do prazo para que os países cumpram os marcos estabelecidos até agosto de 2026.

O PRR de Portugal, no total de 22,2 mil milhões de euros, inclui 16,3 mil milhões em subvenções e 5,9 mil milhões em empréstimos.

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