Idosa de 78 anos encontrada em hospital sem registo e faminta

O Hospital de Egas Moniz, integrado no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, enfrenta sérias acusações após o desaparecimento temporário de uma utente de 78 anos, reportou a TVI/CNN Portugal.

A idosa, Elisabete Rodrigues, foi vítima de um acidente de viação no sábado de manhã e, após tratamento inicial no Hospital de São Francisco Xavier, foi transferida para o Egas Moniz para uma avaliação médica, três dias depois.

Contudo, ao chegar ao hospital, a filha de Elisabete, Helena, constatou que o nome da mãe não aparecia nos registos. "Quando cheguei, não havia qualquer informação sobre a entrada da minha mãe no hospital. Pedi ajuda a uma enfermeira, fui aos corredores e até chamei a polícia, mas ninguém conseguia localizar a minha mãe", desabafou Helena.

Depois de várias horas de busca, Helena encontrou a mãe sozinha num corredor, com um papel que indicava que ela havia sido admitida às 12h20 e realizado uma ressonância magnética às 14h00. O documento também confirmava que já tinham sido enviados três emails para organizar o transporte de volta para o Hospital de São Francisco Xavier.

A mulher relatou que a mãe, embora consciente, estava "cheia de fome" e não recebera alimento desde domingo. A família planeja apresentar uma queixa formal contra o Hospital de Egas Moniz.

No entanto, o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental defendeu-se, afirmando que a paciente foi sempre acompanhada de acordo com as suas necessidades clínicas e que a transferência tinha sido comunicada tanto à utente como ao familiar responsável.

O Notícias ao Minuto entrou em contacto com o hospital e está à espera de uma resposta oficial sobre a situação.