Honda e parceiros lançam iniciativa para potenciar a reciclagem na indústria automóvel
A Honda, em colaboração com cinco empresas, cria o Conselho BlueRebirth para promover a utilização de materiais reciclados na produção de novos automóveis.
No âmbito de uma estratégia de sustentabilidade, a Honda uniu esforços com cinco empresas, dando origem ao Conselho BlueRebirth. Este Conselho tem como meta principal o aumento da utilização de materiais reciclados na fabricação de veículos novos, através de práticas inovadoras.
A aliança é formada, além da fabricante de automóveis, pela Denso Corporation, Matec, Nomura Research Institute, Rever Corporation e Toray Industries.
O enfoque do grupo recai na implementação de um modelo de reciclagem denominado car-to-car, que promove a economia circular no setor automóvel. O processo envolve a automatização da desmontagem precisa dos automóveis em fim de vida, permitindo uma reutilização eficiente dos materiais.
Diferente das técnicas comuns de trituração que dificultam o reaproveitamento, esta abordagem avançada facilita uma reciclagem mais eficaz. A Honda salientou a necessidade de maior colaboração entre as indústrias de produção e reciclagem, um aspeto que tem travado a evolução das iniciativas que visam integrar materiais reciclados na produção de componentes automóveis.
Além disso, a aliança reconhecer desafios relacionados com a automatização e digitalização, bem como a falta de mão-de-obra na indústria da reciclagem de veículos.
Com a formalização do Conselho a 30 de junho, Hirotsugu Takeuchi, diretor-executivo da Denso Corporation, assume a presidência. A missão do Conselho é transformar a reciclagem automotiva até 2035, ao criar uma "indústria de produção de materiais reciclados" que se integre numa nova cadeia de valor de recursos na área automóvel.
A Honda e os seus colaboradores planeiam desenvolver um sistema de reciclagem car-to-car, fomentando diálogos, investigações, desenvolvimento tecnológico e projetos demonstrativos, envolvendo igualmente outras empresas e instituições de investigação.
A desmontagem automatizada de precisão, que faz uso de inteligência artificial e robôs, promete uma qualidade superior dos materiais reciclados, além de um aumento significativo na sua quantidade, ao mesmo tempo que suaviza as dificuldades relativas à escassez de mão-de-obra.
Adicionalmente, será possível registar informações sobre a origem e o impacto ambiental dos materiais numa plataforma digital, garantindo um fornecimento "fiável e estável".