Hábitos do dia a dia que aumentam o risco de cancro

O oncologista Ajit Pai, numa entrevista ao 'website' SheFinds, destacou diversos hábitos diários que podem indiretamente aumentar a exposição ao cancro, afetando especialmente órgãos como o intestino.

Aqui estão alguns comportamentos que deve reconsiderar para proteger a sua saúde:

1. Excesso de alimentos ultraprocessados: "Os alimentos ultraprocessados contêm aditivos e conservantes que prejudicam a saúde intestinal e aumentam o risco de cancro", afirma o especialista. Embora sejam acessíveis e baratos, o seu consumo excessivo pode ser danoso.
2. Carne vermelha queimadas: "O consumo de carne grelhada em alta temperatura, especialmente a carne vermelha, é arriscado. O contacto com o carvão gera nitrosaminas, substâncias associadas a cancro do esófago e do estômago." Em época de churrascos, é importante ser cauteloso.
3. Consumo elevado de alimentos em conserva e salgados: "Estes alimentos, ricos em sal, podem danificar o revestimento gástrico, aumentando o risco de cancro." Apesar do sabor tentador, o estômago pode não tolerar bem este tipo de alimentos.
4. Uso de solários: "A radiação UV emitida danifica as células da pele, aumentando o risco de cancro cutâneo. Mesmo um uso ocasional está associado a um risco elevado, sendo preferível expor-se ao sol de forma natural." Especialmente durante a época de praia, a proteção é essencial.
5. Tabagismo: "O uso de tabaco é um fator contribuinte para vários tipos de cancro, não apenas da boca e garganta, mas também dos pulmões." Este dado é reafirmado por múltiplos estudos recentes.
6. Álcool, mesmo em pequena quantidade: "Não há um nível seguro para o consumo de álcool. Até uma dose diária pode ser prejudicial ao sistema intestinal, aumentando o risco de cancro no estômago, cólon, pâncreas e fígado." É importante ter consciência do seu consumo.

Recentemente, um estudo da Universidade da Califórnia, em Davis, trouxe à luz preocupações sobre os vaporizadores descartáveis. A pesquisa revelou que estes dispositivos libertam quantidades significativas de metais pesados cancerígenos, superando os níveis encontrados em cigarros tradicionais. Após simular uma semana de uso, os investigadores detetaram a presença de níquel, chumbo e antimónio, que são utilizados nas bobinas dos dispositivos. Estes metais transferem-se para o líquido dos vaporizadores, elevando as preocupações sobre a sua segurança.