Gronelândia reafirma o seu direito à autodeterminação com apoio da UE

A Alta-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, reiterou hoje em Estrasburgo que a Gronelândia tem o direito inalienável de decidir o seu próprio futuro. Durante uma sessão plenária com eurodeputados, Kallas sublinhou que "qualquer decisão relacionada com o futuro da Gronelândia deve ser tomada pela sua população".

A responsável pela diplomacia europeia fez também uma advertência sobre a importância de se respeitar os princípios de soberania e integridade territorial em tempos de crescente instabilidade. Esta declaração surge num contexto em que o ex-Presidente dos EUA, Donald Trump, manifestou interesse em adquirir a Gronelândia, ameaçando até considerar intervenções militares, uma ideia que não foi concretamente proposta.

Kaja Kallas enfatizou que a União Europeia "apoia de forma inequívoca a Dinamarca e a Gronelândia" e está em constante coordenação com ambos. Destacou ainda o aumento da presença militar no Ártico, que se tem intensificado desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, conferindo nova importância geoestratégica ao território groenlandês.

"A vigilância é crucial", alertou. Kallas apelou a uma abordagem “compreensiva e holística” para a segurança na região do Ártico, reiterando que a UE continuará a apoiar as aspirações da Gronelândia.