Enfermeiros da ULS do Algarve realizam greve até à meia-noite, com uma adesão significativa. Reivindicações incluem pagamentos retroativos e melhores condições de trabalho.
A greve dos enfermeiros da Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve, que se estende até às 24:00, obteve uma adesão aproximada de 70% no turno da manhã, de acordo com informações de fontes sindicais.
Alda Pereira, dirigente regional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), mencionou à Lusa que esta adesão evidencia um apoio considerável dos enfermeiros às suas exigências.
Os enfermeiros exigem o pagamento retroativo desde 2018, a atribuição da classificação de 'bom' a todos nas avaliações de desempenho e o pagamento a 200% por feriados e dias de descanso semanal em que trabalharem.
A paralisação, convocada pelo SEP, abrange os turnos da manhã e da tarde de hoje, das 08:00 às 24:00, e está prevista para repetir-se no mesmo horário a 8 de outubro.
Alda Pereira indicou que a adesão foi total no Centro de Saúde de Portimão e no Hospital de Portimão, onde a adesão foi de 70%, e que no Centro de Saúde de Silves também alcançou os 70%.
Além disso, referiu que uma das ortopedias do Hospital de Faro teve também uma adesão de 100%, enquanto nos serviços de medicina e pediatria os números situam-se entre os 60% e os 70%.
O sindicato justifica esta greve de três dias pela ausência de respostas às reivindicações apresentadas em reunião de 19 de fevereiro com a administração da ULS/Algarve.
A ULS do Algarve inclui os hospitais públicos de Faro, Portimão e Lagos, além de um agrupamento de centros de saúde da região.
A administração hospitalar manifestou “estupefação” face ao pré-aviso de greve, assegurando que mantém diálogo regular com os profissionais, embora o sindicato tenha contestado que houve falta de comunicados desde fevereiro. O comunicado da administração foi descrito por Alda Pereira como “caricato” e ofensivo.